sábado, 12 de junho de 2010

Comitê de Cooperação Técnica



O Comitê de Cooperação Técnica – um grupo formado por 6 Escolas brasileiras de Educação Infantil (pública, privadas e comunitária) - nasceu de uma ideia que deu a identidade a RedSOLARE Brasil“É no convívio com as diferenças que superamos as desigualdades e construímos um novo mundo”. Nasceu também da certeza que o conhecimento é uma construção coletiva, que se fortalece pelas interações estabelecidas. A expectativa é viver relações próximas, intensas, democráticas e marcadas por muita emoção entre os membros do comitê, para que os professores, as famílias e as crianças que convivem com os educadores que fazem parte desta iniciativa, aprendam o que é essencialmente um espaço de colaboração de pessoas que respeitam a si mesmas, em projetos comuns, marcados pela convivência, parceria, troca, escuta e valorização.
Parte-se do saber e das experiências de cada instituição, que carrega uma riqueza muito grande, mas precisa sempre aprender com o outro, confrontar o seu fazer com o do outro, exercitar o olhar relativo, questionar o que faz, ir mais além, como movimento próprio da vida, reorganizando, decodificando, reconstruindo pelo contato com o outro e com outros conhecimentos, outras experiências e outras ciências. É preciso ser muito competente para fazer este movimento, pois este requer lucidez, sensibilidade e compreensão das diversas linguagens usadas na comunicação.

O comitê tem uma coordenação, a representação nacional da RedSOLARE Brasil, que cultiva e quer fazer valer uma relação marcada pela equidade, respeito ao outro e abertura, atuando para fortalecer o diálogo, ajudando a estabelecer regras de confronto e negociação, tentando mostrar como a vida democrática pode acomodar uma diversidade de interesses, identidades e ideologias. A base para essa ação são os direitos humanos, que devem estar no coração de qualquer instituição que acredita e defende o enorme potencial das crianças. Que acredita que pode expandir os horizontes e voltar a atenção para as dimensões emocionais, cognitivas e morais da vida. O objetivo é a criação de uma consciência coletiva intercultural que promova o convívio entre as diferenças e seja capaz de combater a falta de valores que fazem muita falta ao mundo de hoje, principalmente a ética e o convívio com as diferenças.

Na era da informação, diante da velocidade com que o conhecimento é produzido e envelhece, não adianta acumular informações. É preciso ir mais além, é preciso estar atento as emoções e a compreensão. É preciso saber usar o conhecimento e colocá-lo a serviço do que se faz necessário. É preciso ir em busca de compreender a realidade com emoção, com amor, com carinho, respeito e valorização do outro. Não cabe mais pensar pensamentos já pensados, reproduzir o discurso do outro, preocupar-se apenas com a realidade que vive. É preciso fazer a diferença, porque faz-se o que se faz necessário, porque deixa-se falar a voz do coração, porque faz com o outro! É preciso fazer uma educação amorosa, que vê a criança, que a escuta, que a acolhe com respeito. Uma educação que traz consigo à criança, a confiança em si mesmo e o respeito pelo outro, é a educação que possibilita, portanto, a colaboração, a COOPERAÇÃO!