domingo, 22 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Relato - Reggio Emilia: um convite ao sensível
Participar
do grupo de estudo para a cidade de Reggio Emilia faz parte do sonho pedagógico
de muitos educadores que compartilham uma das propostas mais inovadoras e
bem-sucedidas para a pedagogia da primeira infância.
Este foi
um convite para construção de laços entre nossos valores, saberes e fazeres,
mas para tanto foi preciso estar despido de qualquer (pré)conceito e
comparação, em busca de muitas relações com aquilo que faz sentido para cada
educador.
Valores
reggianos como a diversidade e a singularidade foram vivenciados pelo grupo
desde os primeiros encontros, onde a imensidão do nosso país pode ser
representada por todas as regiões. Uma mistura de sotaques, culturas, valores,
costumes, riquezas regionais, um Brasil e suas facetas.
Reggio nos presenteia e nos recebe com um lindo colorido, pistas
do que estava por vir...
Foram
cinco dias de encontros com pedagogistas, atelieristas, psicólogas,
voluntários, parceiros, familiares, moradores e crianças. Diversos momentos que
narraram o percurso de construção de uma identidade pedagógica que valoriza a
criança e a coloca como protagonista de seu próprio processo de conhecimento.
Reggio
traduz a teoria na prática e discursa com muita legitimidade e transparência em
todos os traços educativos, nos apresentando um ambiente acolhedor e planejado,
uma abordagem ao conhecimento, uma cidade colaborativa, uma intencionalidade na
organização, uma cultura do ateliê, uma cultura da infância, uma interação
permanente entre criança, educadores e familiares, ou seja, uma educação que
tem como prioridade ser um serviço público de coletividade.
Difícil traduzir
em palavras, imagens e vídeos momentos tão ricos de reflexão e
autoconhecimento, que nos faz validar com muita propriedade nossas pesquisas,
experiências e inquietações. Inquietações estas que se somaram com novas
provocações:
O que distingue uma escola?
Como ensinar
dando espaço para o aprender?
O que está
por trás destes projetos?
Como
colocar-se em escuta?
Como devemos mudar a nossa maneira de ser
professores?
Como ser
professor dentro da visão de infância?
Como
deixar o aprendizado ativo nas crianças?
As
descobertas não se esgotam em um encontro, porém trouxemos na bagagem um grande
desejo de repensar o papel do adulto na formação da criança, o papel do
educador na sociedade contemporânea, o papel de cada sujeito no coletivo, o
papel do cidadão na política do nosso país, a responsabilidade de cada um na
construção de uma educação emancipadora e libertadora.
Perguntaram para um
atelierista:
“Se você pudesse mudar
algo, o que mudaria?”
E sua resposta
sensível, verdadeira e simples foi:
“Eu!”
Vilma J. Silva
Diretora Pedagógica
Travessias Educacional
Diretora Pedagógica
Travessias Educacional
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