quinta-feira, 29 de maio de 2014
Relato - Ética, estética e poética: um encontro em Reggio Emilia – Itália!
O que contar?
Que foi mais que uma experiência, uma vivência, uma observação…
Viajar para Reggio Emilia, ouvir pedagogistas e atelieristas sobre seus projetos, visitar as escolas infantis, interagir com educadores e crianças, acompanhar a cidade, desde o cotidiano aos espetáculos… Só pode ser descrito como imersão, inundação aguçada de sentidos: cores, aromas, texturas, sons, sabores e inspirações…
Muitas delas!
Ter a confirmação de que utilizamos a mesma fundamentação teórica: Paulo Freire, Vygotsky, Piaget, Loris Malaguzzi e como nós, também aprofundam os estudos em Neurociências, para compreender e aprimorar os processos.
Sim “As Cem Existem” como diz Malaguzzi sobre as “Linguagens da Criança”. Fervilham arte e conhecimento, os pequenos interagem, apreciam e produzem música, pintura, escultura, fotografia, teatro, literatura, dança e cinema em suas investigações, pesquisas e descobertas. Esses processos são privilegiados. A cidade e a educação se somam, sobrepõe, a cidadania se dá, de fato.
Retornei…
O que constato? Que estamos no caminho certo!
O que fica? A paixão pela Educação da Infância!
E o que transborda? A vontade de fazer cada vez mais e melhor pela aprendizagem e desenvolvimento de nossos pequenos!
Evelise Melo
Coordenadora Pedagógica do Colégio Paulo Freire
Acesse o relato também neste link:
http://colegiopaulofreiresj.com.br/blogs/educacao-infantil-1-ano/cordenadora-evelise/2014/05/etica-estetica-poetica-encontro-reggio-emilia-italia-2/
http://colegiopaulofreiresj.com.br/blogs/educacao-infantil-1-ano/cordenadora-evelise/2014/05/etica-estetica-poetica-encontro-reggio-emilia-italia-2/
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Relato - Encontro Mensal do Polo São Paulo - 26/04
SÃO PAULO, 05 DE MAIO DE 2014
Chegar
ao Colégio Marista para um curso e visualizar seu prédio imponente, ancestral e
reduto de tradição de ensino na Vila Mariana para muitas famílias, trouxe a
tona a questão do ensino tradicional neste espaço. Porém, ao longo da manhã
pude quebrar este paradigma em relação a essa opinião.
A
sala de aula foi sendo constituída por profissionais de educação infantil, dos
mais diferentes segmentos (privado, público, associações...), para discutir
sobre concepção de CRIANÇA / ENSINO / EDUCAÇÃO / MUNDO. Pessoas tão diferentes,
de realidades distantes, mas com um único foco: DAR VISIBILIDADE AO POTENCIAL
DA CRIANÇA, O OLHAR, A ESCUTA E A CULTURA DE INFÂNCIA.
Deixo
aqui uma provocação para inaugurar este relato e que caracteriza a construção
do grupo nos Encontros Mensais Polo São Paulo como contribuição para aflorar
novas ideias:
“(a)
perfeita congenialidade (...) une autores vizinhos ou distantes no espaço e no
tempo, e congenialidade significa pessoalidade, isto é, similaridade de pessoas
que conseguem assemelhar-se sem nada sacrificarem da própria independência e da
própria personalidade, mas antes afirmando a própria independência e
encontrando a própria personalidade, precisamente naquele estado de semelhança
e naquele esforço de assimilação” (Pareyson, 1984, p.104).
Iniciamos nosso encontro com a sala de
aula quase completa, todavia, as professoras do Colégio Marista fizeram uma
apresentação sobre a organização do espaço na educação infantil que surpreendeu
a muitos presentes, pois rompeu com o tabu de uma instituição com cunho
tradicional para crianças pequenas, pelo contrário, este movimento de mudança
iniciou acerca de 14 anos, apenas há alguns anos a equipe docente vem colhendo
frutos. Tudo teve inicio a partir de um questionamento: POR QUE AS SALAS DE
AULA TEM QUE SER IGUAIS?
Essa questão pode ser visualizada nos
slides apresentados, em como a equipe docente teceu os fortes empecilhos
vigentes para a concretização da mudança de espaço, que aconteceu.
O mesmo foi possível verificar na
apresentação da EMEB em Jundiaí tantas mudanças, a alegria das crianças ao
serem convidadas para novos repertórios no espaço. E o desafio da coordenação
em realizar essa transição e afetar os profissionais para tal mudança, o que
ficou bem claro neste encontro o quanto a mudança de valores, concepção e tão
enrijecido na questão humana, essa ruptura é difícil... Mas não impossível.
Finalizei o encontro ciente de que estou
na profissão certa, que muitas educadoras estão no mesmo movimento que o meu e
acima de tudo, podemos fazer a diferença, mesmo que leve muito tempo. Mas a
frase que permanece é a seguinte:
Qual a sua concepção de infância?
POR VANESSA MARIANO ANTÔNIO
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Relato - IMPRESSÕES DO ENCONTRO MENSAL DO POLO SÃO PAULO - abril/2014
Encontro realizado no Colégio
Marista Arquidiocesano de São Paulo, que nos acolheu com muito carinho, numa
manhã inspiradora e com pessoas queridas em mais um dia de diálogo, com o mesmo
foco e interesse: valorização da infância. Espaço público e privado de ensino, em
constante troca, relatos de experiências que despertaram e apuraram o olhar e a
compreensão da infância, na realidade do Brasil.
O primeiro relato foi da equipe
pedagógica do Colégio Marista Arquidiocesano, instituição particular de ensino,
com o tema “Espaço de Aprendizagem: AMBIENTE”. Há quinze anos fazendo o
movimento de mudança no olhar para a infância, em um colégio de tradição em São
Paulo – SP foi fundamental trabalhar junto à instituição e às famílias, com a
diferença no conceito de tradição e tradicional e também com a necessidade de
alterações no espaço em que a criança interage com ela mesma, com os colegas e
com o mundo! Pensar a concepção de criança enquanto sujeito, protagonista deste
aprendizado; em como dar ao espaço sentido e significado, de acordo com o grupo
e suas particularidades; o porquê e para que desenvolver as atividades e a utilização
de materiais estruturados e não estruturados. Ouvir as crianças e modificar/ressignificar
o espaço de acordo com as particularidades do grupo e, também, a importância da
documentação como forma de registrar os processos de aprendizagem.
No segundo momento do encontro, a
apresentação da Márcia, diretora de uma creche pública em Jundiaí, com o tema
“Bebê na escola: e agora, o que fazer?” vem mostrar que é possível uma educação
de qualidade, mesmo com restrições de recursos financeiros e muitas vezes de
pessoal qualificado. Ênfase na necessidade de romper com o assistencialismo, através
de formação e qualificação do profissional, a utilização de materiais não
estruturados, construção de brinquedos junto à família, sempre tendo como norte
a valorização do brincar como processo de aprendizado da criança.
O encontro foi marcado por trocas
intensas e ricas entre os profissionais presentes, mostrando que o diálogo é o
fio que forma a rede do conhecimento!
Renata G. Gil
26/04/14
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