quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Relato de otra viajera






M. Mercedes Herrera R.

Al visitar las escuelas en Reggio Emilia y participar en seminarios realizados por Reggio Chidren, mis experiencias han sido una provocación y un replanteamiento como persona y por tanto, como educadora.
Siempre creí que la escuela podía ser transformadora y ahora es un convencimiento; he podido ver cómo desde esta pedagogía, se reconoce a los niños y niñas como ciudadanos y cómo promueve que los adultos tengamos nuevas visiones sobre la infancia y los reconozcamos y respetemos, como personas con su propia cultura.
En el seminario del año 2007, las docentes reggianas nos compartieron algunos de los proyectos realizados, que buscaban hacer visible la cultura de los niños y niñas en la ciudad de Reggio Emilia. Nos mostraron el proceso del proyecto de intervención de un paseo peatonal, donde niños y niñas de una escuela, expresaron con dibujos, sus ideas sobre la bicicleta.
También conocimos el proyecto realizado para el teatro municipal, en que los niños y niñas crearon y elaboraron el telón de fondo, que los visitantes pueden disfrutar.
Conocimos también, el proceso de creación musical, en que niños y niñas, vivieron múltiples y ricas experiencias sonoras y musicales, que los llevaron a crear y ejecutar piezas musicales, en un concierto que compartieron con reconocidos músicos adultos.
En fin....son muchas las ideas y experiencias que pedagogistas y atelieristas nos han permitido compartir; ellos nos han mostrado la profunda y riquísima práctica de la escucha y cómo han hecho posible, el despliegue de los múltiples lenguajes de los niños y niñas.


Representante da RedSOLARE Chile


domingo, 6 de dezembro de 2009

Diálogos entre redes - Brasil e Paraguai - abril /2008




*Marilia Dourado
A alegria do convite e a beleza da partilha.
Para contar um pouco das experiências inspiradas na Reggio Emilia, que temos vivido no Brasil, escolhi inicialmente a imagem do mar, uma das riquezas naturais mais apreciadas pelos vizinhos paraguaios que com freqüência nos visitam para desfrutar desta fonte inesgotável de inspiração. Creio que isso nos aproxima e apóia o nosso diálogo.
Vejo as experiências da Reggio Emilia também como fonte de inspiração. Sinto sempre uma necessidade enorme de diálogo com e sobre a prática educativa que nela ocorre. A cidade da Reggio tem marcas que chamam a atenção e traduzem muito de um espírito próprio. Na chegada as pontes projetadas pelo arquiteto espanhol, Santiago Calatrava, que nos recebem, comunicam a marca cosmopolita e de diálogo e relação com o mundo, o cotidiano da cidade expressa um espírito respeitoso, solidário e cooperativo, este espírito se vive em toda a cidade... Reggio Emilia é pequena, acolhedora, charmosa, inquieta, aconchegante, cultural e com uma presença forte de marcas medievais pelas ruas. Nela tem história, tem passado, presente e projeção de futuro.
Em tempos tão difíceis em que situações sociais e políticas dividem e endurecem o coração dos homens, somos convocados a cultivar a esperança e desenvolver uma consciência planetária em defesa de todos a partir do que vimos em uma cidade de abriga 150.000 habitantes e abraça todo o mundo. Sabemos que a expectativa do amanhã depende desta visão!
Já nos dizia Loris Malaguzzi, educador italiano responsável pelos sonhos construídos na Reggio Emilia que as conexões e interconexões no mundo são mais fortes do que imaginamos. E, por isso mesmo defendeu a construção de redes de relações como possibilidades criativas de expressões e comunicações múltiplas.
Mais uma vez penso no mar, na sua imensidão e nesta hora, identifico algumas palavras que o representa: complexidade, diversidade, subjetividade, multiplicidade.
Para a Reggio estas são palavras-chaves que caracterizam a escola, os diferentes sujeitos sociais (crianças, educadores e família) que nela habitam e as relações vividas. Sendo assim, não têm um modelo fixo e sim crenças, valores, idéias e experiências abertas a um horizonte de variedades.
Desta maneira cultivam uma sensibilidade enorme que inclusive conecta os diferentes acontecimentos e permite as pessoas encontrarem e construírem sua identidade e seu próprio sentido em relações respeitosas e complementares com o mundo e a natureza.
Por que temos vivido situações que surpreendem e assustam no mundo atual?
Malaguzzi nos convoca a refletir sobre as relações entre mente e natureza, homem e ambiente como relações de interdependência, reciprocidade e complementaridade.
Temos recebido deste mundo o que temos oferecido a ele.

É por isso que nos perguntamos com freqüência:

• Que Escolas temos oferecido as nossas crianças?

• Que crianças temos oferecido as nossas Escolas e as nossas cidades?

• Que Escolas queremos e devemos oferecer as nossas crianças?

• Que crianças queremos e devemos oferecer as nossas Escolas, as nossas cidades?
Essas são questões que nos convocam a refletir e aprofundar o pensamento transdiciplinar das escolas reggianas, pensamento este que é capaz de unificar, garantir unidade. É a certeza que as partes interagem entre si, é uma visão sistêmica e holística da vida e dos homens. Com esta mesma lógica Malaguzzi afirmava que pensar na formação dos homens é ter a certeza que o cérebro não pode ser considerado a parte mais importante do organismo, desta maneira, a concepção é da centralidade que destruiria a circularidade desejável das relações.
Estas são algumas das idéias, crenças e valores que identificamos no pensamento de Loris e na prática educativa das escolas da Reggio.
Resgatando a idéia da construção da identidade a partir das diferentes relações, compartilho com vocês a inquietude cultivada pelas escolas brasileiras a partir do diálogo com a Reggio:

• Quais são os valores desta Escola?

• Estes valores estão claros, públicos e compartilhados?

• Quantos desses valores são colocados em prática?

• O que é mais difícil e mais fácil colocar em prática?

• Quanto e em que medida é possível defender estes valores?

• Quanto é possível sustentar, propagar e traduzir na prática estes valores?

• Qual a coerência entre o que falamos e o que fazemos?
Estas perguntas nos convidam a reflexão, a busca pela essência. Se voltamos ao mar, relacionamos a inquietude destes questionamentos com o reino secreto do fundo do mar, com o que muitas vezes é inalcançável ou não está aparente, é pouco conhecido e por isso mesmo, incomoda, talvez as contradições que fazem parte da vida, dos seres humanos. Nos deparamos também com a maré baixa, que nos convida ao silêncio e nos revela outra vida, aquela que está sob a superfície. A maré vazante traz para praia as conchas, diversas delas, variados tamanhos, cores e formas.
Aqui entram as estratégias, os materiais, recursos, e instrumentos que passaram a fazer parte do dia-a-dia das escolas para apoiar na tradução dos valores, crenças e idéias no seu cotidiano.
Para concluir é importante contar para vocês que nos Brasil cinco escolas privadas estão organizadas em uma REDE que também está conectada com escolas em países na América Latina. Cada uma dessas escolas estabelece uma parceria com uma escola pública e a partir desta relação dialogam sobre as suas práticas inspiradas na Reggio Emilia e os desafios que enfrentam.
Trouxe para vocês algumas conchas para que busquem sempre inspiração e lembrem que o mar vai e volta eternamente.

* Representante Nacional da RedSOLARE Brasil

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Reunião com pais e educadores da Reggio Emilia - 2009




Marilia Dourado
O tempo passa mas as lembranças marcantes são fortes, inesquecíveis. Resgato da memória o dia em que, no grupo de estudos para a Reggio Emilia, em 2009, um grupo de pais solicitou um encontro com representantes do Brasil e do México para conhecer mais de perto a Educação, em países da América Latina e trocar ideias, escutar, debater, expressar ponto de vista, compartilhar a vida na infância, em espaços de Educação Infantil. Eles revelaram muito interesse pelo nosso trabalho e pela realidade vivida em contextos tão marcados pela desigualdade.
Este encontro foi uma noite de muitas aprendizagens, principalmente pelos gestos e atitudes, expressões que muitas vezes valem mais, do que muitas palavras e hoje, guardo comigo no coração. Eram muitos pais, mais ou menos 50 presentes, nos receberam as 21:00, depois de um dia de trabalho, com muita atenção e envolvimento. Escutaram atentamente as nossas experiências, perguntaram, validaram, olharam curiosamente cada material que apresentamos. Depois de 2 horas de partilha, perguntas e comentários de retorno, nos receberam com um lanche, preparado pela cozinheira da Escola, que também estava presente participando atentamente e ativamente do encontro. Por fim, todos nos cumprimentaram e afirmaram o enorme respeito pelo o trabalho que realizamos. Os abraços calorosos que transmitiram força e coragem, nos fizeram reafirmar que é possível e preciso acreditar e cultivar  a esperança e o diálogo, mesmo em terras tão distantes.