quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Relato de otra viajera






M. Mercedes Herrera R.

Al visitar las escuelas en Reggio Emilia y participar en seminarios realizados por Reggio Chidren, mis experiencias han sido una provocación y un replanteamiento como persona y por tanto, como educadora.
Siempre creí que la escuela podía ser transformadora y ahora es un convencimiento; he podido ver cómo desde esta pedagogía, se reconoce a los niños y niñas como ciudadanos y cómo promueve que los adultos tengamos nuevas visiones sobre la infancia y los reconozcamos y respetemos, como personas con su propia cultura.
En el seminario del año 2007, las docentes reggianas nos compartieron algunos de los proyectos realizados, que buscaban hacer visible la cultura de los niños y niñas en la ciudad de Reggio Emilia. Nos mostraron el proceso del proyecto de intervención de un paseo peatonal, donde niños y niñas de una escuela, expresaron con dibujos, sus ideas sobre la bicicleta.
También conocimos el proyecto realizado para el teatro municipal, en que los niños y niñas crearon y elaboraron el telón de fondo, que los visitantes pueden disfrutar.
Conocimos también, el proceso de creación musical, en que niños y niñas, vivieron múltiples y ricas experiencias sonoras y musicales, que los llevaron a crear y ejecutar piezas musicales, en un concierto que compartieron con reconocidos músicos adultos.
En fin....son muchas las ideas y experiencias que pedagogistas y atelieristas nos han permitido compartir; ellos nos han mostrado la profunda y riquísima práctica de la escucha y cómo han hecho posible, el despliegue de los múltiples lenguajes de los niños y niñas.


Representante da RedSOLARE Chile


domingo, 6 de dezembro de 2009

Diálogos entre redes - Brasil e Paraguai - abril /2008




*Marilia Dourado
A alegria do convite e a beleza da partilha.
Para contar um pouco das experiências inspiradas na Reggio Emilia, que temos vivido no Brasil, escolhi inicialmente a imagem do mar, uma das riquezas naturais mais apreciadas pelos vizinhos paraguaios que com freqüência nos visitam para desfrutar desta fonte inesgotável de inspiração. Creio que isso nos aproxima e apóia o nosso diálogo.
Vejo as experiências da Reggio Emilia também como fonte de inspiração. Sinto sempre uma necessidade enorme de diálogo com e sobre a prática educativa que nela ocorre. A cidade da Reggio tem marcas que chamam a atenção e traduzem muito de um espírito próprio. Na chegada as pontes projetadas pelo arquiteto espanhol, Santiago Calatrava, que nos recebem, comunicam a marca cosmopolita e de diálogo e relação com o mundo, o cotidiano da cidade expressa um espírito respeitoso, solidário e cooperativo, este espírito se vive em toda a cidade... Reggio Emilia é pequena, acolhedora, charmosa, inquieta, aconchegante, cultural e com uma presença forte de marcas medievais pelas ruas. Nela tem história, tem passado, presente e projeção de futuro.
Em tempos tão difíceis em que situações sociais e políticas dividem e endurecem o coração dos homens, somos convocados a cultivar a esperança e desenvolver uma consciência planetária em defesa de todos a partir do que vimos em uma cidade de abriga 150.000 habitantes e abraça todo o mundo. Sabemos que a expectativa do amanhã depende desta visão!
Já nos dizia Loris Malaguzzi, educador italiano responsável pelos sonhos construídos na Reggio Emilia que as conexões e interconexões no mundo são mais fortes do que imaginamos. E, por isso mesmo defendeu a construção de redes de relações como possibilidades criativas de expressões e comunicações múltiplas.
Mais uma vez penso no mar, na sua imensidão e nesta hora, identifico algumas palavras que o representa: complexidade, diversidade, subjetividade, multiplicidade.
Para a Reggio estas são palavras-chaves que caracterizam a escola, os diferentes sujeitos sociais (crianças, educadores e família) que nela habitam e as relações vividas. Sendo assim, não têm um modelo fixo e sim crenças, valores, idéias e experiências abertas a um horizonte de variedades.
Desta maneira cultivam uma sensibilidade enorme que inclusive conecta os diferentes acontecimentos e permite as pessoas encontrarem e construírem sua identidade e seu próprio sentido em relações respeitosas e complementares com o mundo e a natureza.
Por que temos vivido situações que surpreendem e assustam no mundo atual?
Malaguzzi nos convoca a refletir sobre as relações entre mente e natureza, homem e ambiente como relações de interdependência, reciprocidade e complementaridade.
Temos recebido deste mundo o que temos oferecido a ele.

É por isso que nos perguntamos com freqüência:

• Que Escolas temos oferecido as nossas crianças?

• Que crianças temos oferecido as nossas Escolas e as nossas cidades?

• Que Escolas queremos e devemos oferecer as nossas crianças?

• Que crianças queremos e devemos oferecer as nossas Escolas, as nossas cidades?
Essas são questões que nos convocam a refletir e aprofundar o pensamento transdiciplinar das escolas reggianas, pensamento este que é capaz de unificar, garantir unidade. É a certeza que as partes interagem entre si, é uma visão sistêmica e holística da vida e dos homens. Com esta mesma lógica Malaguzzi afirmava que pensar na formação dos homens é ter a certeza que o cérebro não pode ser considerado a parte mais importante do organismo, desta maneira, a concepção é da centralidade que destruiria a circularidade desejável das relações.
Estas são algumas das idéias, crenças e valores que identificamos no pensamento de Loris e na prática educativa das escolas da Reggio.
Resgatando a idéia da construção da identidade a partir das diferentes relações, compartilho com vocês a inquietude cultivada pelas escolas brasileiras a partir do diálogo com a Reggio:

• Quais são os valores desta Escola?

• Estes valores estão claros, públicos e compartilhados?

• Quantos desses valores são colocados em prática?

• O que é mais difícil e mais fácil colocar em prática?

• Quanto e em que medida é possível defender estes valores?

• Quanto é possível sustentar, propagar e traduzir na prática estes valores?

• Qual a coerência entre o que falamos e o que fazemos?
Estas perguntas nos convidam a reflexão, a busca pela essência. Se voltamos ao mar, relacionamos a inquietude destes questionamentos com o reino secreto do fundo do mar, com o que muitas vezes é inalcançável ou não está aparente, é pouco conhecido e por isso mesmo, incomoda, talvez as contradições que fazem parte da vida, dos seres humanos. Nos deparamos também com a maré baixa, que nos convida ao silêncio e nos revela outra vida, aquela que está sob a superfície. A maré vazante traz para praia as conchas, diversas delas, variados tamanhos, cores e formas.
Aqui entram as estratégias, os materiais, recursos, e instrumentos que passaram a fazer parte do dia-a-dia das escolas para apoiar na tradução dos valores, crenças e idéias no seu cotidiano.
Para concluir é importante contar para vocês que nos Brasil cinco escolas privadas estão organizadas em uma REDE que também está conectada com escolas em países na América Latina. Cada uma dessas escolas estabelece uma parceria com uma escola pública e a partir desta relação dialogam sobre as suas práticas inspiradas na Reggio Emilia e os desafios que enfrentam.
Trouxe para vocês algumas conchas para que busquem sempre inspiração e lembrem que o mar vai e volta eternamente.

* Representante Nacional da RedSOLARE Brasil

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Reunião com pais e educadores da Reggio Emilia - 2009




Marilia Dourado
O tempo passa mas as lembranças marcantes são fortes, inesquecíveis. Resgato da memória o dia em que, no grupo de estudos para a Reggio Emilia, em 2009, um grupo de pais solicitou um encontro com representantes do Brasil e do México para conhecer mais de perto a Educação, em países da América Latina e trocar ideias, escutar, debater, expressar ponto de vista, compartilhar a vida na infância, em espaços de Educação Infantil. Eles revelaram muito interesse pelo nosso trabalho e pela realidade vivida em contextos tão marcados pela desigualdade.
Este encontro foi uma noite de muitas aprendizagens, principalmente pelos gestos e atitudes, expressões que muitas vezes valem mais, do que muitas palavras e hoje, guardo comigo no coração. Eram muitos pais, mais ou menos 50 presentes, nos receberam as 21:00, depois de um dia de trabalho, com muita atenção e envolvimento. Escutaram atentamente as nossas experiências, perguntaram, validaram, olharam curiosamente cada material que apresentamos. Depois de 2 horas de partilha, perguntas e comentários de retorno, nos receberam com um lanche, preparado pela cozinheira da Escola, que também estava presente participando atentamente e ativamente do encontro. Por fim, todos nos cumprimentaram e afirmaram o enorme respeito pelo o trabalho que realizamos. Os abraços calorosos que transmitiram força e coragem, nos fizeram reafirmar que é possível e preciso acreditar e cultivar  a esperança e o diálogo, mesmo em terras tão distantes.


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um diálogo com a Abordagem Reggiana


*Josiane Del Corso

Viajar para Reggio Emilia e conhecer o trabalho desenvolvido nas escola públicas parecia um sonho, realizá-lo foi muito gratificante.

Chegamos em Reggio Emilia num domingo de carnaval, muito frio, muita vontade de conhecer a cidade das melhores escolas públicas infantis do mundo.
Caminhamos por Reggio numa tarde de domingo, o diálogo entre a paisagem medieval e o contemporânea me fascinou.
Chegamos à lendária Praça do Leão, cenário de documentações pedagógicas vistas no Brasil agora estavam a nossa frente.
Ver as crianças brincando na Praça do Leão com suas famílias foi muito interessante, perceber o quanto usufruem de sua cidade de seus espaços públicos e de sua cultura.
Reggio transpira Arte, e sua cultura revela-se em cada parte da linda cidade.
Durante uma semana adentrei em reflexões mil:
"Escola como espaço que produz cultura”
“A Escola dá identidade a comunidade”
“Cuidar da infância é tarefas de todos”
A imagem de infância que eu até então tinha começou a ganhar contornos mais amplos e comprometidos, percebia a cada encontro o quanto é possível fazer uma escola pública de qualidade.
O diálogo entre as linguagens, entre as crianças, entre os educadores, entre os pais, entre os políticos... Dialogar é sair misturado com as idéias do outro, é pensar juntos, pensamentos que se conhece, se descobrem e que caminham para o bem estar coletivo.
A forma como comunicam as aprendizagens das crianças revela o valor que dão ao pensamento infantil, a sua produção, cada detalhe, cada registro, cada documentação carregadas de conhecimento, de afeto, de compromisso com o outro, com as crianças, com a natureza... com a vida!
Perceber a seriedade do trabalho pedagógico desenvolvido pelas escola públicas Reggianas me fascinou, me deixou aquecida para pensar em muitas formas de aproveitar todo aquele conhecimento na minha prática, na minha vida de educadora, coordenadora de Educação Infantil.
Foi uma experiência única que deixou gosto de quero mais!

*Coordenadora Pedagógica Escola Projeto Vida – SP - SP


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Descobrindo a infância




*Thaís Bonini

Fui a Reggio Emilia em fevereiro de 2009, a trabalho. Sou tradutora e intérprete da língua italiana e tive a belíssima oportunidade de ter sido convidada a acompanhar o grupo de estudos do Brasil, para auxiliar no intercâmbio linguístico entre os dois paîses, através de traduções simultâneas e consecutivas.

Inicialmente, acreditei que seria um trabalho importante para a minha carreira, mas depois vi que tal trabalho mudaria minha vida e minha maneira de enxergar a infância. Conheci Reggio Emilia, visitei escolas, traduzi palavras verdadeiras, presenciei outra maneira de se ver - através do olhar de uma criança. A cidade respira educação, respeito à infância, vontade de realizar, graças às mães do final da Segunda Guerra Mundial, heroínas visionárias, que tiveram a consciência de que só é possível transformar e reconstruir através da educação.
O trabalho foi ótimo. No decorrer de uma semana, convivi com pessoas fantásticas do Brasil, do México e da Itália. Pessoas que, acima de tudo, têm a tal vontade de realizar, de aprimorar o seu trabalho, de dialogar com outras realidades, de vivenciar algo novo e tentar adequá-lo à realidade de seu próprio país, sempre visando e lutando pelo direito à infância, ao qual todas as crianças do mundo deveriam ter acesso.
Algumas percepções tiveram um impacto muito grande sobre mim. Uma delas foi a participação e interesse dos pais no processo educativo de seus filhos. Uma das mães, durante a apresentação de Marília Dourado e Luciana Balbino sobre o sistema educacional brasileiro, ficou surpresa pelo fato de que, em nosso país, a criança que vai a escola é educada para competir. Desde pequena, ela deve estudar nos melhores colégios, tirar as melhores notas, estudar uma língua estrangeira, para passar no Vestibular, ingressar numa boa universidade e ter um lugar reservado no mercado de trabalho. A mesma mãe salientou que a única coisa que ela espera para o seu filho é que ele seja feliz, que as suas habilidades e a sua criatividade sejam estimuladas e não importa o que ele decida fazer no futuro, o importante é se encontrar, é estar realizado.
Em Reggio Emilia, a criança é um artista. Ela cria, ela observa, ela faz. O estímulo que parte dos adultos, tem seu fundamento numa curiosidade ou numa idéia lançada pela criança. Isto nos foi muito bem explicado por Lanfranco, atelierista da Escola Paulo Freire, que, naquele momento, estava trabalhando com as crianças nos bancos do jardim externo à escola, pertencente ao município. Uma das crianças lançou a idéia de que os bancos do jardim estavam velhos e feios. A partir daí, resolveram fazer um projeto arquitetônico de novos bancos. Foram até o jardim, sentaram-se, deitaram-se, sentiram os bancos. Depois, com argila, cada criança começou a criar o seu banco. Surigiram bancos fantásticos, em forma de dinossauro e de animais vários. Então, o projeto foi levado até a Prefeitura, que iria mandar produzir os novos bancos, criados pelas crianças, para substituirem os velhos e feios.
Foi também muito emocionante a palestra que traduzi de Carla Rinaldi, sobre a Pedagogia da Escuta. Suas palavras foram, ao mesmo tempo, de uma verdade, uma lucidez e uma emoção tão grandes, que não consegui conter a minha emoção durante a tradução simultânea. Em palavras breves, a criança já nasce com o seu potencial de criação, de descoberta do mundo e de socialização com o outro. Ela é forte, é potente, é capaz. Cabe a nós, adultos, sabermos escutar o que ela tem a dizer, estimular as suas curiosidades, auxiliá-la em suas descobertas. A escola dá a ferramenta, a criança encontra os diversos significados e sentidos para o mundo em que vive e para o seu próprio mundo.
Muitos foram os momentos de descoberta e de aprendizagem durante a viagem a Reggio. A partir daí, decidi participar mais ativamente no sentido de ajudar a transformar o sistema educacional de meu país. Pretendo estudar Pedagogia e me aprimorar sempre mais nas práticas regianas. Agradeço a Marília Dourado por ter me apresentado às idéias de Loris Malaguzzi e por ter me dado a oportunidade de trabalhar em Reggio. Agradeço também a Deus por ter-me aberto as portas para uma nova conscientização, já que, por ser mãe, exerço uma função muito importante: a de educadora.





*Tradutora-Intérprete de Italiano
Diretora da Conexão Idiomas – Assessoria Linguística em Salvador/BA

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Relato de uma viagem : Reggio Emillia



*Luciana Balbino


Chegamos em Reggio Emilia dia 22 de fevereiro ,em pleno carnaval.As crianças brincavam fantasiadas com suas famílias em um clima de muita alegria e ludicidade.Assistiam nas praças peças teatrais e exerciam jogos livres nas ruas com outros pequenos companheiros.
Conhecendo,estudando, viajando e dialogando juntos em Reggio Emilia em fevereiro de 2009, com educadoras, artistas, gestores e consultores educacionais da América Latina através da RedSolare Brasil,foi uma incrível oportunidade de dialogar com uma cidade educadora, que acredita nas infinitas potencialidades expressivas das crianças.
Presenciamos a inauguração do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas Loris Malaguzzi. Estávamos lá em pleno aniversário de Loris Malaguzzii!!!
O Centro Internazionale Loris Malaguzzi impressiona pelos seus propósitos, pela sua estrutura física.Espaço este que abriga o Ateliê Raggio di Luce que possibilita pesquisas interativas com a cidade e visitantes.
A semana de estudos em Reggio possibilitou observar o investimento da Prefeitura ,o compromisso dos professores e das famílias com a construção de uma escola para a primeira infância pública e de qualidade que respeite e aproxima-se da cultura da infância.
Uns dos momentos mais esperados por mim foi a visita às escolas.Visitamos duas: a Salvador Allende e a Paulo Freire.Lindas, aconchegantes e que revelam suas práxis através de uma rica e vasta documentação dos projetos e processos em andamento com as crianças.Ao chegarmos a Paulo Freire,encontramos na entrada da escola instrumentos musicais afro-brasileiros como também livros de Monteiro Lobato.
As pesquisas realizadas no ateliê desta escola dialogava com a Arte Ambiental e Contemporânea .As crianças estavam envolvidas em um projeto de construção de bancos para uma praça pública, com um designer muito criativo.
Em quase todas as palestras as Pedagogistas , Atelieristas citaram o nome do nosso querido e inesquecível Paulo Freire, o encontro dele com Loris Malaguzzi.
Participei de uma noite muito especial junto a representante da RedSolare Brasil, Marilia Dourado, e com dezenas de mães, pais e gestores da Escola Coperativada Baudduco, para um diálogo sobre a a Educação na América Latina.Tive a oportunidade de falar sobre a minha experiência como atelierista no Centro Municipal de Educação Cid Passos em Salvador, fomos muito aplaudidas!
Enceramos o ciclo de debate com os Pedagogistas, Atelierista de Reggio Emilia, escutando Carla Renaldi com uma palestra sobre a Pedagogia da Escuta: simplesmente maravilhosa!!!Tirando lágimas de nossos olhos de tanta emoção!!
Para finalizar este intercâmbio tão intenso, as Vozes da América Latina foram ouvidas com relatos de projetos inspiradores que nos fortaleceram a continuar trilhar um caminho onde as crianças possam reencontrar o caminho da infância, cheios de quintais invencionáticos....



*Luciana Balbino é atriz, arte-educadora e professora da Rede Municipal de Educação de Salvador - Bahia


sábado, 21 de novembro de 2009

Crianças infinitas... Fotografias de crianças angolanas



*Marilia Dourado


Olhares por trás de lente, visões do universo, do mundo infantil, do ser criança, da VIDA. Nasce uma investigação ,uma multiplicidade de formas, expressões e linguagens, como elementos para o exercício de um fazer criativo coletivo. A fotografia é um fio condutor para reflexão sobre as potencialidades das crianças e as questões políticas, éticas e estéticas que marcam esta fase da vida.
Olhe, veja, encontre um ponto, mire... vá fundo, vá além e com a alma infantil, descubra as múltiplas infâncias que correm de um lado a outro, a vida pelo mundo afora... pela América Latina, por diferentes partes do grande Brasil, pelo mundo sem fim...




* Representante Nacional da RedSOLARE Brasil - Texto escrito para a exposição de fotos no 3º Seminário Internacional de Educação Infantil.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um olhar sobre a abordagem educacional de Reggio Emilia






*Alessandra Latalisa de Sá




Na Escola Balão Vermelho, seguimos há vários anos estudando e criando alternativas didáticas baseadas na abordagem educacional de Reggio Emilia. Como deve ser, ancoramo-nos em nosso contexto, em nossa história pedagógica, para renovar e criar novas possibilidades, num processo contínuo e singular de exploração, pesquisa e experimentação; portanto não se trata de uma transposição direta e sim de um esforço intenso e coletivo de interpretação e criação, visto que temos diferenças socioculturais e institucionais.
De 23 a 27 de fevereiro deste ano, em Reggio Emilia, na Itália, participei do grupo de estudos denominado “Diálogo sobre a educação”, organizado por RedSOLARE para América Latina. Estiveram lá cerca de 40 participantes, entre mexicanos, argentinos, colombianos e brasileiros, estudando, debatendo, encantando-se, participando daquela experiência.
Foi surpreendente estar em Reggio Emilia, acompanhando o trabalho inspirado pela obra pedagógica de Loris Malaguzzi e as atividades pedagógicas dos centros de infância e pré-escolas daquela municipalidade – antes vistos por meio de leituras, debates, trocas de relatos, experiências e imagens. Nas escolas de lá, a arquitetura, o ambiente, a documentação, as interações, a movimentação dos educadores evidenciam, com coerência, estética e beleza, a abordagem educacional.
Sobre essa experiência, proferi no Seminário Temático do curso de Pedagogia intitulado Abordagem Reggio Emilia (Itália) e Proposições Curriculares para Educação Infantil em BH: um debate possível, realizado no dia 28/03/09, na Universidade FUMEC, o qual também contou com palestra ministrada pela professora convidada Mayrce Terezinha da Silva Freitas, pedagoga e gerente de coordenação da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED/BH), que apresentou a experiência de parceria entre a SMED/BH e uma ONG de Reggio Emila.

Outro desdobramento foi transformação de parte dessa experiência em artigo que em breve será publicado. Para sua produção, contei com as anotações que fiz das palestras que assisti, as observações e imagens registradas e os estudos realizados na Escola Balão Vermelho. Inicio com apresentação geográfica e histórica da região de Reggio Emilia e contextualização da origem de suas escolas; o percurso dessas escolas e a organização no atendimento às crianças; e caracterização de alguns pontos principais da abordagem educacional de Reggio Emilia. Por fim, exposição de alguns dos aspectos observados nas visitas guiadas às Scuola Nido Salvador Allende e Scuola Dell’infanzia Comunale Paulo Freire.
Continuamos investindo na compreensão e apropriação de abordagem tão rica, que constitui excelente alternativa para melhoria da qualidade da educação infantil em nosso Município.




*Pedagoga, professora do Curso de Pedagogia da FCH/FUMEC e coordenadora da Educação Infantil da Escola Balão Vermelho- BH.

domingo, 8 de novembro de 2009

REGGIO EMILIA: UMA VIAGEM SEM FIM


 




*Ronnie Corazza






“Não existe uma identidade forte se não existe memória.” ( Mirella)


      Era mais ou menos assim que tudo começava nas histórias: Era uma vez... E assim se seguia a trajetória dos personagens, dos lugares, das palavras, da imaginação, dos sonhos...
Reggio Emmilia é como uma historia viva num tempo presente, de um tempo passado pra um tempo futuro.    
   O que vemos são crianças ouvidas o tempo todo, professores, atelielistas, pais, merendeiras, auxiliares, pedagogos e comunidade conversando e interagindo sobre o que se escuta e o que se vê. Nada é estático, tudo é vivo e presente na memória, na documentação que registra todos os passos do aprendizado da criança.
     A escola é concebida como ambiente de vida, onde o real não é deixado pra fora e sim algo que pode e deve ser considerado nas relações de aprendizagem. O tempo é trabalhado com muita calma , o tempo todo. Eu penso que os conteúdos estão presentes no ambiente, com variáveis de tempos, espaços, formas, imagens, cores e sons que constituem os saberes, nos projetos trabalhados, nos documentos, nos desenhos.  
     E nisso tudo há uma autonomia das crianças. O professor é um escutador, é um comunicador nesta relação de aprendizagem lúdica no ambiente e seus espaços de construções de conhecimentos possíveis.
      Nesse contexto a Arte é um viez que não se dá pelos conteúdos mas os conteúdos se dão por esse viez: pela arte que pesquisa , promove fases do desenvolvimento, reflexão e possibilidades no ateliê. A figura do atelêlista é importante para isso pois é um condutor dessas possíveis manifestações expressivas da infância que ao longo do processo vai envolvendo além das crianças todos os outros que compõem este lugar mágico que possibilita tranformações humanas e dos materiais, dando cotidianamente novos significados. E para isso toda escola é um ateliê, para realizações das atividades e dessa expressões artísticas. Cada sala tem um mini ateliê, que possui uma diversidade de material, sucatas, imagens, livros de arte, argila, folhas, cascas de árvores, sementes, possibilitando uma produção artística de informação. O que chama bastante atenção são os desenhos, pois não importa o lugar no mundo , o processo se dá da mesma forma em relação as fases da escrita que vão levar naturalmente as crianças formularem suas hipóteses, levando-as a alfabetização.
       A expressão não é limitada a este espaço. Não é preciso que haja a presença do atelelista para que haja expressões, a professora conduz os projetos pois ela também é parte do projeto pedagógico das escolas de Reggio.
      Dentro deste trabalho artístico, educativo e cultural existe um conceito de que lixo não é puramente sucata, e sim matéria prima de construção de conhecimento para expressão artística da infância , essa idéia é partilhada por todos os envolvidos: pais , crianças, educadores. Tudo tem significado, assumem como importante e difundem. Objetos são transformados e obtém uma nova identidade, que é modelada pela fantasia e pelo olhar das crianças que acabam comunicando isso para as famílias, promovendo um pacto pela infância entre família, escola, comunidade e a própria criança no desenvolvimento infantil e na construção dos saberes necessários para a vida.
       O ambiente pode apoiar o projeto didático mas também tolher. Nas escolas e creches há presença do verde, as atividades não são para todos, as crianças tem a liberdade de escolha. Existem diferentes propostas de trabalho. A professora não é fixa, presa. Estão interessados que as crianças representem no desenho a sua idéia e não modelos prontos, mas também a sua memória em relação a determinadas coisas, seres, objetos, neste processo o conhecimento é elaborado com as crianças no diálogo sobre o vivenciado.    
    Assim se torna impossível criar desenhos iguais. As crianças escolhem o material permitindo vários testes de desenho para perceberem o processo e fazem suas escolhas criativas para o desenvolvimento de suas produções coletivas ou individuais.
    Existe uma preocupação estética muito grande dos gestores, educadores, crianças, pais em relação aos espaços, mas será que esses atores partem de um caos criativos, de uma possibilidade expressiva de liberdade? Fica claro um conceito de belo, porém será que é um belo que passa pela experiência do feio, do desorganizado, da bagunça que constrói possibilidades? O caos criativo de reinventar suas ações e sensações para que não se feche em idéias de exatidão? Embora seja aconchegante estar nesses espaços das escolas de Reggio, parece que não estiveram crianças nos espaços e tempos permitidos da creche e da escola de educação infantil, como por exemplo o cheiro do shampoo, as peças de brinquedos misturadas, a tinta borrada, enfim aquilo tudo que evidência a vida corrente, o tempo , o som, o certo ou errado, ou seja a possibilidade de experimentar num todo , crianças, pais e educadores sem formatar ou fechar ou simplesmente por o ponto final na infinita oportunidade de conhecer o mundo com e através da infância, com todas a sua pluralidade.
     A cópia metodológica qualquer que seja nos tolhe a possibilidade de construir um projeto pedagógico com vários olhares, sem caminhos fechados, mas trilhados a partir de uma infância recheada de possibilidades artísticas, humanas, verdadeiras que ao longo da jornada vai construindo saberes, formulando idéias e conceitos, acertando e errando mas juntos, educador, pais e crianças podendo direcionar e redirecionar as possibilidades de aprender em tudo, com todos e em qualquer lugar.
     Penso que cada cultura alimentada por suas experiências, seus pensadores, ou outros pensadores devem chegar a uma concepção e prática pedagógica condizente às suas realidades, porém que respondam a cultura produzida pela informação com ética e respeito, e sobretudo que venham a promover conhecimentos plurais para a criança, para o professor, para a escola, para os pais e comunidade. Assim construiremos um ambiente educativo de vida que produz conhecimentos contínuos em todas as áreas a todo momento em qualquer lugar com todas as pessoas participantes desta ação.
      Para isso temos que ter cuidado com os modismos pedagógicos, dormimos construtivistas e acordamos reginianos e a tarde somos frenetianos ou piagetianos. E a criança e a infância onde e como fica com tudo isto ? A proposta de Reggio não é de exportar modelos mas nos apresentar uma forma que foi construída ao longo de uma experiência que nos possibilita reflexões e novos olhares sobre as nossas práticas. E além disso nos faz pensar em cada canto do nosso país com tantas práticas educativas e culturais, que em potencial tem dado tantos resultados quantitativos e qualitativos, porém nos falta o viez, a costura desta rede possível de transformação social e educacional para a construção de uma cidadania e de uma prática pedagógica condizente as nossas realidades e aos quereres e saberes de nossas crianças que tanto conhecimento produzem, só nos falta as vezes promover o protagonismo de uma educação que pode ser plural: professor, educador, crianças, pais e comunidades.
      Assim como as histórias de Reggio Emilia esta não tem fim e a nossa continua sob uma ótica de que escutar as crianças é primordial, registrar e partilhar é fundamental para criarmos olhares diferentes de uma história que temos a possibilidade de fazer sempre melhor e com uma diversidade de cores, sons, espaços internos e externos, novos lugares pra educar e transformar...





*Ronnie Corazza
Arte-educador
Santo André - SP



sábado, 7 de novembro de 2009

Um pequeno relato de uma grande experiência: estar em Reggio Emília....



Luciana Ribeiro Guimarães




Bom, falar sobre a experiência de Reggio é falar da colheita de muitos, muitos desejos plantados e fartamente colhidos

Tive a oportunidade de estar lá em maio de 2007 e foi uma profunda experiência... de inquietude, de interrogações, de encantamentos, de descobertas, de verificações, de constatações saborosas sobre o que é ser ESCOLA e, sobretudo, de estudos. Estudos estes que no decorrer do tempo têm ocupado o espaço das alavancas que nos impulsionam (nos projetam, nos põem na experiência da “projetação”, será?) continuamente e em busca do encontro com a valorização da INFÂNCIA.
Acredito que em Reggio Emília, mais do que compreender o que lá acontece, é possível, essencialmente, mergulhar na proposta de uma educação comprometida com o tempo da infância. Lá a todos é permitido acesso e a todos é garantido o sucesso. Que é único, próprio de cada um. As particularidades são reverenciadas e o coletivo se torna uma construção assumida por todos.
No encontro com os educadores, com as crianças e com os espaços a educação responsável se faz presente de maneira extremamente comprometida onde, família e escola, encontram seu valor e interdependência.
Para nós, visitantes, a escuta atenta se faz uma constante sem mesmo que a gente perceba. Os espaços convidam, os relatos seduzem e a memória daquele lugar se torna algo impossível de não retornar...
Mas quando é chegada a hora do fim daquele tempo, da estada com todos, do distanciamento das escolas e da volta pra casa a inspiração reggiana nos acompanha, permanece em nós, soprando nos ouvidos, a sensação de que todos somos capazes, se desejosos e incansáveis na luta de permitir que a vida adentre também os muros das escolas e infâncias brasileiras que tanto nos pedem por dias melhores.



Luciana Ribeiro Guimarães
Psicóloga e Consultora educacional
Uberlândia - MG

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um universo possível!!!!


*Glaucia Fischer
A Reggio Emilia pra mim, foi um contato com o universo possível!


Quando pela primeira vez, me deparei com o trabalho desenvolvido lá, vi nele que, o que eu havia imaginado já existia!!!

As creches tão bem estruturadas, o carinho dos profissionais, o envolvimento dos pais, a dedicação de todos os envolvidos, do arquiteto ao fornecedor. Claro que as pequenas pedras aparecem no meio do caminho, mas delas se fazem os materiais de pesquisa...

O privilégio de estar vivendo a sensação de sonhar acordada é indescritível! Minha experiência tem um alto grau de felicidade pessoal, pois nela eu me vi vivendo a vida de uma forma diferente: retomando minha individualidade, refazendo meu intelecto, me apropriando da minha própria vida e acreditando nela; me certificando de que NUNCA, mas nunca mesmo podemos desistir de nossos sonhos. Havendo passado há pouco, por algumas situações complicadas, enxerguei na filosofia de Loris Malaguzzi um brilho pra lá de luminoso, ao qual me agarrei e me identifiquei... Pra quem posso, falo : "É possível! A arte como grande mestra da educação!"

Cada qual em sua realidade e em seu momento; mas nem a carência financeira, tampouco a falta de espaço impedem o desenvolvimento de uma grande intenção. Ouso em acrescentar que podemos fazer ainda melhor, a mesma falta de condições nos favorece no quisito "criatividade" - Ah! Isso o brasileiro tem de sobra - " A arte de viver!"




*Glaucia Fischer
Arquiteta
Arte-educadora
Campinas – São Paulo

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A cidade educadora e um espírito que chama atenção





A cidade educadora e um espírito que chama atenção




Marília Dourado *
Que espírito é este? É o espírito de cooperação, mudança de tempo em tempo, reconhecimento de cada indivíduo como um ser único e singular, respeito ao outro, abertura ao diálogo, construção da prática educativa de maneira coletiva e participada. Este espírito se vive na educação para a infância e em uma cidade como um todo, na Reggio Emilia, localizada no norte da Itália, pequena e acolhedora, é também charmosa, inquieta, aconchegante, cultural e com uma presença forte de marcas medievais pelas ruas.

As marcas da Reggio Emilia são fonte de inspiração. Nela tem características que chamam a atenção e traduzem muito de um espírito próprio. Na chegada, suas pontes projetadas pelo renomado arquiteto espanhol, Santiago Calatrava recebem visitantes e comunicam a marca cosmopolita e de diálogo e relação com o mundo. Relação esta que começou a ser construída e cultivada depois da 2ª Guerra Mundial, quando um grupo de mães resolve reconstruir a cidade tendo como foco as crianças e as possibilidades de aprender democraticamente em uma comunidade educativa. Essas mulheres tiveram um grande incentivador, Loris Malaguzzi, educador e artista, dedicou toda sua vida a construção de uma experiência de qualidade educativa que, a partir de uma enorme escuta, respeito e reconhecimento das potencialidades dos meninos e meninas, lutou para que todos reconhecessem o direito destes de ser educados em contextos dignos, exigentes e de acordo com suas capacidades.

Reggio Emilia é uma cidade fundamentalmente preocupada com as crianças com seu jeito vivo, inquieto e particular, com os adultos que se reconhecem educadores e, por isso assumem uma postura questionadora, não temem as suas dúvidas e reconhecem a importância de estar sempre aprendendo e, com a escola, como um espaço social, aberto, vivo e ciente do tempo em que vive, com os desafios do mundo atual, complexidades e crises. Crises estas que muitas vezes são reflexos da ausência de sensibilidade dos homens, de uma escuta atenta e da perda de um olhar cuidadoso e respeitoso ao ser humano.

Explorar os diferentes espaços deste lugar e dialogar com as várias expressões encontradas a cada esquina é viver emoções que falam forte ao coração, a alma da gente, é cultivar a esperança de que é preciso e é possível transformar a realidade, construir uma sociedade de valor para a geração atual e para aquelas que estão por vim.

Na Reggio Emilia tem uma associação, a Reggio Children, que, sem fins lucrativos, coordena o Centro Internacional para a defesa e promoção dos direitos e potencialidades dos meninos e meninas, desde 1994, promovendo intercâmbios pedagógicos e culturais com profissionais de todo o mundo.

Se encarrega também de organizar iniciativas de formação, seminarios, cursos, visitas guiadas aos Centros de Infância e exposições (como a famosa exposição “As cem linguagens da infância”, que visitou mais de 30 países de 4 continentes, vindo ao Brasil em duas ocasiões) para difundir a proposta educativa Reggiana.

Todos os anos, diferente grupos de educadores de diversos países, visitam a Reggio Emilia para entrar em diálogo com a sua experiência, buscar referências e estabelecer intercâmbio pedagógico e cultural. Há 3 anos um grupo de educadores brasileiros, participa deste intercâmbio promovido por uma associação latino americana que articula hoje 8 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e República Dominicana) – a RedSOLARE Latino America. Em fevereiro do ano de 2009, um grupo de 25 educadores brasileiros coordenados pelas RedSOLARE Brasil e México, esteve na Reggio Emilia e constatou pelas experiências vividas que ali há muita coerência entre o que é dito e o que é feito. Durante uma semana foi possível ver, ouvir e sentir uma cidade que faz a diferença na formação das crianças. Ao longo da semana, além de participar de visitas às Creches e Centro de Infância, dialogamos com educadores, visitamos Mostras dos percursos e histórias da educação na cidade, fomos a inauguração de uma nova Escola, para atender o multiculturalismo que tem crescido de maneira surpreendente na cidade, participamos do Dia do Conto, todos os moradores da cidade foram convocados a parar suas atividades durante 30 minutos as 20:00 para contar histórias para as crianças.

No ano de 2009, chegamos à cidade para participar do grupo de estudos em pleno carnaval e as crianças da cidade brincavam em praças públicas, com diferentes jogos educativos a sua disposição, com fantasias típicas do universo infantil e os seus pais presentes, participavam de todos momentos garantindo lazer e segurança. Partimos no domingo seguinte com os cidadãos reggianos participando de um grande dia de protesto, em que cada pessoa, por iniciativa própria escolhia o seu foco de atuação, armava a sua barraca e convocava a população para reflexão e ação. Vimos mobilização pela educação, alimentação saudável, saúde pública e outros diferentes temas.

Já nos dizia Loris Malaguzzi, responsável pelos sonhos construídos na Reggio Emilia que as conexões e interconexões no mundo são mais fortes do que imaginamos. E, por isso mesmo, ele defendeu a construção de redes de relações como possibilidades criativas de expressões e comunicações múltiplas para a transformação das nossas contradições e superação dos desafios atuais.

É por tudo isso que acreditamos que este espírito da Reggio Emilia pode e deve povoar as nossas cabeças e corações e convocar cada cidadão do nosso país a fazer a diferença pelas crianças brasileiras que muitas vezes não tem direito a infância.

* Marília Dourado é pedagoga, consultora em educação, representante nacional da RedSOLARE Brasil e membro do network Internacional da Reggio Children.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Palestra de abertura - Marilia Dourado - Representante Nacional da RedSOLARE Brasil

Este encontro é para a equipe da RedSOLARE Brasil é a expressão do valor e do significado de "colocar as mãos na massa" e acreditar no poder da ação coletiva, do fazer junto. Esta foi a metáfora utilizada para compartilhar olhares, ideias, crenças e ações para falar do tempo presente, do que temos feito e do que temos projetado para o que está por vim.
Estudando a emoção do tempo atual, tempo complexo de muitos desafios, escutamos um pedido de sensibilidade, cautela e ação - algo que convem a quem trabalha com educação, principalmente para os que trabalham com educação infantil.
Nos encontramos e nos reunimos porque estamos conectados por algumas ideias, dentre elas, a compreensão de que ser educador pressupõe paixão, sensibilidade, dedicação, escuta, conhecimento e reflexão, construção e desconstrução, autoconhecimento, auto estima, e autonomia. Somos educadores que por uma decisão política, assumimos trabalhos adicionais porque desejamos ver transformada a cultura das escolas. Reconhecemos que tem uma energia que nos une e um imaginário coletivo que nos convoca.
Temos visto que a educação no mundo passa por momentos de grandes mudanças, quebras de paradigmas. O planeta clama por indivíduos mais sensíveis, reflexivos, mais humanos, próativos, que compreendam que o conhecimento produzido em qualquer cultura é infinito.
...
Acreditamos na mudança, estamos fazendo mudança, o futuro do planeta está em nossas mãos.

domingo, 6 de setembro de 2009

3º Seminário Internacional de Educação Infantil em Salvador

Educação é Arte... e com o uso de múltiplas linguagens e expressões, inicia-se o 3º Seminário de Educação Infantil na Bahia, com a presença de 400 educadores de diferentes países e estados brasileiros. Foram 3 dias de muitas descobertas e a cada nova atividade uma ampliação da ideia do lugar da arte na Educação Infantil... construção de conhecimento, formulação de teorias sobre o mundo, expressão do enorme potencial das crianças na infância.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Exposição fotográfica

Educadores, artistas e demais interessados,

O prazo para a entrega de fotografias para participação no Seminário Internacional foi ampliado. Envie as suas fotografias!
Estamos aguardando.
Contato: Lia Mattos: 71 88765121

domingo, 2 de agosto de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

Fique de olho

O PNE (Plano Nacional de Educação) estabeleceu metas para ampliar a oferta de creches e pré-escolas do país. Até 2011 deverão ser atendidas 50% das crianças de 0 a 3 anos, hoje são apenas 17%, e aumentar de 77% para 80% o número de matrícula das crianças de 4 e 5 anos.

Projeto Cooperativo: Construção de um monumento em defesa dos direitos das crianças

As Escolas que fazem parte do comitê gestor da RedSOLARE Brasil ( CMEI Cid Passos, Escola Colmeia e Escola Nova Nossa Infância) estão mobilizando as crianças das instituições para produção de um monumento em defesa dos direitos das crianças.
Aguardem para ver o que as crianças são capazes!

domingo, 19 de julho de 2009

Relato de Experiência no Seminário Internacional - Salvador

No Seminário Internacional, nos dias 13, 14 e 15 de agosto, "Crianças e artistas de mãos dadas", teremos a apresentação do relato de experiência: "Programa Infanza, infância - a cooperação Itália - Brasil na Educação Infantil", apresentado por Isa T. Rodrigues da Silva da SME de Belo Horizonte - Minas Gerais.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Uma cidade medieval com um espírito que chama a atenção



Que espírto é esse? É o espírito de cooperação, mudança de tempo em tempo, reconhecimento de cada indivíduo como um ser único e singular, respeito ao outro, abertura ao diálogo, construção da prática educativa de maneira coletiva e participada. Este espírito se vive na educação para a infância e em uma cidade como um todo,na Reggio Emilia, localizada no norte da Itália, pequena e acolhedora, é também charmosa e inquieta, acochegante e cultural. Todos os anos educadores de todos os continentes do mundo visitam esta cidade para conhecer a prática de educação infantil ali construida no dia a dia.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

6ª Encontro Mensal da RedSOLARE Brasil em Salvador

Neste encontro teremos um Relato de Experiência da Escola Nova Nossa Infância
Aiamar Araujo - coordenadora pedagógica

sábado, 11 de julho de 2009


Participação do Brasil na Bienal Têxtil 2009

Buenos Aires – Argentina – março/abril de 2009
Circuito das Cores – Identidades nas múltiplas infâncias

Em busca de identidade e cores, educadores brasileiros que fazem parte da RedSOLARE Brasil, escutaram crianças de 5 estados (2 Escolas públicas, 2 comunitárias e 2 privadas – todas de contextos muito distintos, revelando a pluralidade, desigualdade sócio, cultural e econômica no país) sobre o significado da solidariedade no mundo. Meninas e meninos de 3 a 5 anos descortinaram, de uma maneira linda e inalcançável de contemplar e de pensar, a infância e os seus mistérios, convocando à todos a construírem relações, ligações, entrelaçados, pontes e novos caminhos que não negassem à eles o direito de entender e de explicar o mundo e a si mesmo por meio de uma variedade de linguagens e expressões.
O desafio dos educadores foi unir as diferentes expressões em uma instalação que sustentasse esse sistema de interconexões e de relações da criança com a natureza multiforme da realidade social.
Foi fácil, viu-se claramente que as crianças são surpreendentes e tem visão que transcende o óbvio, o esperado, o previsível. Foram além, muito além e nos revelaram o quanto a diversidade tem equidade. Vimos que as produções estavam interligadas e convocavam à reflexão, ao prazer, às explorações e descobertas. Todas despertaram para a compreensão de que se aprende vivendo, trocando, questionando e interagindo intensamente com o objeto de investigação (consigo mesmo e/ou com o outro - pessoas, elementos da natureza e objetos diversos).
As produções também comunicaram a forma e o tempo em que as ações e as relações aconteceram, revelando através de documentações (textos, slides, fotografias, protocolos de observação, dentre outros) as identidades individuais e coletivas e os processos de aprendizagem. Temos o processo registrado e, portanto, muito para contar.
Que possamos, portanto aprender com as crianças na busca cotidianamente de conhecer e compreender mais sobre as relações humanas, suas possibilidades, força e significado dos atos, e sobre a criança e suas múltiplas maneiras de construir conhecimentos, de perceber-se, de perceber o outro, de interagir, compreender e representar o mundo externo. Que a solidariedade seja uma busca constante!

Instituições participantes:
Centro Municipal de Educação Infantil Cid Passos – Salvador – Bahia
Escola Despertar – Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Centro de Educação Infantil Catinho Feliz – Curitiba - Paraná
Escola Nova Nossa Infância – Salvador –m Bahia
Escola Municipal de Educação infantil Emílio Carlos– São Caetano do sul – São Paulo
Centro Educacional Maria de Nazaré – Uberlândia – Minas Gerais


Curador: Ronnie Corazza
Coordenação: Marilia Dourado



quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ao contrário, as cem existem

A criança é feita de cem.
A criança tem
cem mãos
cem pensamentos
cem modo de pensar
de jogar e de falar.
Cem sempre cem
modos de escutar,
de maravilhar de amar.
Cem alegrias
para cantar e compreender.
Cem mundos
para descobrir.
Cem mundos
para inventar.
Cem mundos
para sonhar.
A criança tem
Cem linguagens
(e depois cem cem cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura
lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem a cabeça
de escutar e de não falar
de compreender sem alegrias
de amar e de maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
de descobrir um mundo que já existe
e de cem
roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas que não estão juntas.

Dizem-lhe enfim:
que as cem não existem.
A criança diz:
ao contrário, as cem existem.
Lóris Malaguzzi

Representantes de países da América Latina no Network da Reggio Children - maio/2009


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Programação do Seminário

3º Seminário Internacional – RedSOLARE Brasil

Educação é arte: crianças e artistas de mãos dadas.


Local: Hotel Sol Bahia Atlântico – Salvador/BA
Data: 13,14 e 15 de agosto de 2009
Horário: Dia 13 – 18:30 às 22:30
Dia 14 e 15 – 8:30 às 12:30 e 14:30 às 18:30.

Formas de inscrição: Via fax ou e-mail, com pagamento através de depósito bancário ou nos postos de inscrição.



Programação:

13 de agosto

18:00 às 18:30 – Credenciamento e café de abertura
Visita à exposição fotográfica: Artistas, educadores e crianças de mãos dadas.
19:00 às 19:30 – Apresentação cultural
19:30 às 20:30 – Abertura oficial
Solenidade de abertura
Apresentação da RedSolare Brasil – Marília Dourado
20:30 às 22:30 – “Uma escola em diálogo: Escolda, identidade e futuro – Reggio Emilia na Itália” com a pedagogista Madalena Tedeschi

14 de agosto

Auditório 1
8:30 – Apresentação cultural
9:00 às 10:30 – “A pedagogia e a arquitetura a partir dos sentidos.” Com a atelierista Francesca Manfredi
10:30 às 11:00 - Café
11:00 às 12:30 – “Um projeto com crianças de 1 a 3 anos” Com a pedagogista Madalena Tedeschi
14:30 às 16:00 – Relatos de experiência da América Latina
16:00 às 16:30 - Café
16:30 às 17:30 – Relato da Reggio Emilia – Madalena Tedeschi
17:30 às 18:30 – Relato da Reggio Emilia – Francesca Manfredi

Auditório 2
8:30 – Apresentação cultural
9:00 às 10:30 - “Um projeto com crianças de 1 a 3 anos” Com a pedagogista Madalena Tedeschi
10:30 às 11:00 - Café
11:00 às 12:30 - “A pedagogia e a arquitetura a partir dos sentidos.” Com a atelierista Francesca Manfredi
14:30 às 16:00 - Relatos de experiência da América Latina
16:00 às 16:30 - Café
16:30 às 17:30 - Relato da Reggio Emilia – Francesca Manfredi
17:30 às 18:30 - Relato da Reggio Emilia – Madalena Tedeschi


Auditório 3
14:30 às 16:00 – Relato de experiência dos Estados Unidos
16:30 às 17:30 – Relato de Experiência da América Latina
17:30 às 18:30 – Relato de Experiência da América Latina


Dia 15 de agosto

Auditório 1 (principal)
8:30 – Apresentação cultural
9:00 às 9:40 – Relatos Nacionais
9:50 às 10:30 – Relatos Nacionais
10:30 às 11:00 – Café
11:00 às 11:40 – Relatos Nacionais
11:50 às 12:30 – Relato de experiência: “Formação de gestores - o mapa digital da educação do município de Salvador” Subsecretário de educação de Salvador – Prof° Eliezer Cruz

14:30 às 15:30 – “O ateliê – Uma metáfora da criatividade em cem linguagens” Madalena Tedeschi e Francesca Manfredi
15:30 às 16:00 – Café
16:00 às 17:30 – “A formação do educador para a Educação Infantil” Madalena Freire
17:30 às 18:30 – Mesa de encerramento – O diálogo entre artistas e educadores.

Auditório 2
9:00 às 9:40 – Relatos Nacionais
9:50 às 10:30 – Relatos Nacionais
11:00 às 11:40 – Relatos Nacionais
11:50 às 12:30 – Relatos Nacionais

Auditório 3
9:00 às 9:40 – Relatos Nacionais
9:50 às 10:30 – Relatos Nacionais
11:00 às 12:30 – Relatos Nacionais
11:50 às 12:30 – Relatos Nacionais

terça-feira, 30 de junho de 2009

Objetivos da RedSOLARE Brasil

Objetivos

· Estabelecer um amplo debate acerca da Cultura Integrada da Infância no Brasil;
· Estabelecer uma relação com países da Língua Portuguesa para fortalecer debates e aprofundamentos de idéias na defesa da cultura da infância;
· Difundir as idéias Reggianas para a infância;
· Conhecer e compartilhar novos resultados de pesquisas e experiências acerca da Educação Infantil;
· Criar espaços de troca e intercâmbio permanentes acerca da Pedagogia da Escuta para Educação Infantil;
· Criar espaços de discussão de propostas de políticas públicas que visem a inclusão e a educação de qualidade para todos, principalmente para crianças na primeira infância;
· Manter contato com outras instituições e associações para intercambiar experiências e realizar atividades em conjunto;
· Reunir profissionais pertencentes ao âmbito educativo para alcançar novos conhecimentos na área de educação das Escolas da Reggio Emilia – Escolas de referência em todos os 5 continentes do mundo;
· Fortalecer a RedSOLARE Latino Americana.

domingo, 28 de junho de 2009

Mostra Fotográfica no Seminário Internacional de São Bernardo - São Paulo

REGULAMENTO PARA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA: OLHARES REVELANDO INFÂNCIAS
A organização oportunizará a Exposição fotográfica: Olhares revelando Infâncias, que serão expostas durante o IV Seminário Internacional de Educação Infantil – Diálogos pela Infância, Fortalecendo Redes e Construindo Saberes Para a Prática Educativa, que acontecerá entre os dias 18 e 19 de Agosto de 2009 no Colégio IPEC situado a Rua Nemer Fares Rahall, 400 – Ferrazópolis - São Bernardo do Campo – SP.
Os trabalhos poderão ser enviados por Instituições e/ou professores e educadores, desde que tenham relevância com o tema proposto por este Seminário, que tem como premissa oportunizar às crianças a construção do conhecimento por meio da aprendizagem lúdica;
As fotografias deverão ser encaminhadas no formato A4, preto e branco ou em cores, impressas ou reveladas em papel fotográfico, com alta definição, cabendo a comissão organizadora a escolha do formato da exposição;
A fotografia deverá estar identificada com etiqueta adesiva, colada atrás da mesma, contendo uma legenda que informe a Instituição à qual pertence, bem como o nome do autor e a data do registro da mesma ;
Serão aceitas apenas uma fotografia por Instituição e/ou professor;
Fotos que tragam o rosto de crianças deverão vir acompanhadas de autorização de uso da imagem pelos responsáveis para fins educativos, com nome da criança e responsáveis;
O material deverá ser encaminhado para a Ópera Cômica Eventos à Rua Demetrio Ghirardello, nº 358, Jardim Las Vegas, CEP 09182-520, Santo André, São Paulo, Brasil, sendo postadas até 30/07/09 impreterivelmente;
Após o Seminário as fotografias irão compor o acervo da organização do evento, que passa a ter o direito de divulgação e veiculação da imagem nas mídias à sua escolha, cabendo o direito à autoria do trabalho;
As fotos encaminhadas serão analisadas por uma comissão julgadora que selecionará as imagens de acordo com os requisitos pré-estabelecidos neste regulamento.
Os participantes receberão certificado de participação na exposição.

Mostra Fotográfica no Seminário Internacionail na Bahia

REGULAMENTO PARA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA:
“CRIANÇAS, EDUCADORES E ARTISTAS DE MÃOS DADAS”.
A RedSolare Brasil realizará durante o 3º Seminário Internacional de Educação Infantil – “Crianças e Artistas de mãos dadas” a exposição fotográfica: “Crianças, Educadores e Artistas de mãos dadas”, que acontecerá nos dias 13, 14 e 15 de Agosto de 2009, no Hotel Sol Bahia Atlântico – Salvador – Bahia
Os trabalhos poderão ser enviados por Instituições, professores, crianças, artistas e arte educadores desde que tenham relevância com o tema proposto por este Seminário, que tem como premissa fortalecer e valorizar o enorme potencial das crianças e a construção do conhecimento por meio da aprendizagem lúdica;
As fotografias deverão ser encaminhadas no formato A4, em cores, reveladas em papel fotográfico, com alta definição, cabendo a comissão organizadora a escolha do formato da exposição;
A fotografia deverá estar identificada com etiqueta adesiva, colada atrás da mesma, contendo uma legenda que informe a Instituição à qual pertence, bem como o nome e idade do autor e a data e local do registro da mesma;
Serão aceitas duas fotografias por Instituição e/ou professor, artista, arte educador ou crianças;
Fotos que tragam o rosto de crianças deverão vir acompanhadas de autorização de uso da imagem pelos responsáveis para fins educativos, com nome da criança e responsáveis;
O material deverá ser encaminhado para a Rua Pankararé, 171 - Piatã, CEP 41.650 -640 – Salvador – Bahia - Brasil sob os cuidados de Lia Mattos. Sendo postadas até 30/07/09 impreterivelmente;
Após o Seminário as fotografias irão compor o acervo da organização do evento, que passará a ter o direito de divulgação e veiculação da imagem nas mídias à sua escolha, cabendo o direito à autoria do trabalho;
As fotos encaminhadas serão analisadas por uma comissão julgadora que selecionará as imagens de acordo com os requisitos pré-estabelecidos neste regulamento.
Os participantes receberão certificado de participação na exposição.
Para dúvidas e esclarecimentos entrar em contato pelo e-mail: redsolarebrasil@gmail.com

Seminários Internacionais Bahia e São Paulo

Educação é arte: crianças e artistas de mãos dadas.
Palavras, sentimentos, gestos e olhares... Em diálogo com a prática educativa da Reggio Emilia.
Caro Educador,
A REDSOLARE Brasil tem a alegria de informar que está organizando os 3º e 4ª Seminários (Bahia, 13,14 e 15/08 e São Paulo 18 e 19/08) Internacionais em defesa da cultura da infância, desta vez com a participação de uma pedagogista(Maddalena Tedeschi) e uma atelierista (Francesca Manfredi) da Reggio Emilia - Itália.
Mais informações:
Daniele Meyer55 (71) 8880-0533 / 3272-7338redesolarebrasil@gmail.com danielemeyer@hotmail.com