segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Boas Festas

Desejamos que no Natal, tempo de celebrar o nascimento do menino Jesus, estejamos juntos reafirmando o nosso compromisso com a INFÂNCIA e com o cultivo da esperança de tempos de paz e muito AMOR para todos e todas que compartilham deste vasto mundo, do nosso planeta, da nossa casa.

Com carinho,

Escolas do Grupo de Cooperação
RedSOLARE Brasil



sábado, 25 de dezembro de 2010

Boas Festas

Recebemos este lindo vídeo da Reggio Children, uma mobilização da sociedade em defesa da educação e da paz para todas as crianças!


Um exemplo de cooperação e de ação coletiva e participada que faz a diferença!
 
 
http://zerosei.comune.re.it/auguri2010/

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Reunião - dezembro - Pólo Bahia

Caro (a) educador (a),


A RedSolare Brasil - Pólo Bahia convida para a Reunião Mensal/dezembro-2010. Esta será um momento de avaliação do ano de 2010, e de prospecções para o ano que se inicia. Nesta ocasião contaremos com a presença da representante nacional e membro do Network Mundial da Reggio Children, Marilia Dourado.
Desta vez o encontro será tecido pelas pessoas presentes. Para uma atividade em que vamos traduzir a nossa identidade em uma linda metáfora é preciso que você leve um retalho de tecido branco de 40cmx40cm!!
Em tempo de Natal convocamos as Escolas representadas na reunião que leve um lanche para compartilhar com todos os presentes.
Obs: Ligar para o escritório e falar com Cândida(71)3356-0037 para definir o que levar.
Contamos com a sua presença! Maiores Informações no convite em anexo.
Atenciosamente,

Sirleide Cândida
RedSolare Brasil
Secretária.
+55 (71)9125-6040
+55 (71)3356-0037
candida_silva@hotmail.com
http://www.redsolarebrasil.com.br/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Enontro Mensal da RedSOLARE Brasil - novembro 2010

*Gabriela Moreira
COMO EU GOSTEI DE VER...

COMO EU GOSTEI DE OUVIR...
COMO EU GOSTEI DE ME EMOCIONAR REVIVENDO O PROJETO ”COMO EU GOSTO DE SENTIR...”
TODA ESSA EMOÇÃO ALIADA AO ENVOLVIMENTO DE DANIELE DOURADO AO FALAR DA REGGIO EMILIA TORNOU AQUELA MANHÃ DE NOVEMBRO MUITO GRATIFICANTE, ONDE PUDEMOS PARTILHAR NOSSAS EXPERIÊNCIAS E OUVIR ANTIGOS, MAS TAMBÉM NOVOS PARCEIROS DE PENSAMENTO.
DIFERENTES SIM, MAS UNIDOS NA LUTA POR UMA INFÂNCIA MAIS FELIZ.



*GABRIELA MOREIRA É COORDENADORA PEDAGÓGICA DO CMEI ALMIR OLIVEIRA




domingo, 5 de dezembro de 2010

“Do encontro de pessoas e sonhos nasce um mundo melhor.”

*Bettina Aroucha

Nada acontece por acaso, após dois dias de Seminário me deparei com essa frase acima e ela me guiou para escrever este comentário.
Falar de encontros é sempre muito bom e este foi sem dúvida, um novo passo à frente.
Ver o público e o privado, juntos, buscando aperfeiçoar a sua prática, trocando experiências e compreendendo melhor o lugar da Infância, o lugar do respeito à Infância foi muito significativo.
Ouvir os comentários de Juan Carlos (Colombia) também foi muito bom, pois a sua sensibilidade, o seu olhar atento às nossas práticas, tornaram esses dois dias mágicos e de intensa sintonia.
Sem contar com outras pessoas que apenas no olhar traziam os seus desejos e sonhos enquanto parceiras de caminhada. Algumas iniciando, outras no processo, já outras com muitas idéias e conquistas para oferecer.
Como disse no início, são em encontros como esse que percebemos a viabilidade dos nossos sonhos...
Que bom estar presente!


*Bettina Aroucha é coordenadora pedagógica da Escola Nova Nossa Infância em Salvador e amiga da REDSOLARE BRASIL

sábado, 4 de dezembro de 2010

Caro (a) Educador (a),


A RedSolare Brasil convida para a 1ª Reunião do Pólo São Paulo.

Nesta ocasião contaremos com a apresentação do "Projeto de Cooperação entre Escolas brasileiras" e com orientações para estabelecer um diálogo mais próximo com a Associação.
Segue em anexo o convite contendo maiores informações. Contamos com a sua presença!!

um abraço,

A RedSOLARE Brasil

Elaine Pires
Representante do Pólo São Paulo


Marilia Dourado
Representante Nacional e Membro do Network da Reggio Children

domingo, 28 de novembro de 2010

Relato de visita - ESCUELA ABIERTA, Buenos Aires

*Tatiane Nascimento

Localizada em um sossegado bairro da Zona Norte da cidade de Buenos Aires, Argentina, está a Escola Puerta Abierta. Pequena e aconchegante, traduz com harmonia o que Loris Malaguzzi quis dizer ao se referir ao ambiente como âmbito: educativo, criativo, pulsante, reversível.


De fato, sob a forte e consciente inspiração vinda das escolas da cidade de Reggio Emília, Itália, a Escola Puerta Aberta revela um pensar-educação simples e verdadeiro. Dessa inspiração foi traçada sua filosofia educativa. O nome da escola traduz esta visão: “abrir a porta nos permite ter acesso ao outro.”

A escola apresenta como pilares de sustentação de seu fazer pedagógico: comunidade educativa, participação, interrelação, diálogo entre as crianças, professores, pais e comunidade.

São textos que encontramos nos murais coloridos:

“- Comunidade educativa: o jardim é um lugar no qual são geradas interações entre os três principais atores desta comunidade, crianças, professores e pais.

- Participação: é uma estratégia que caracteriza o fazer da escola. A participação dos pais representa uma experiência carregada de emoções e ações, que lhes permite compartilhar e ampliar seu marco social.

-Diálogo: a própria identidade se constrói no encontro com o outro, no intercâmbio e na reflexão consigo próprio. Por que Porta Aberta? Consideramos a criança como protagonista, como comunicadora; tomamos o espaço físico como educador, tomamos o professor girando e acompanhando o educando, incluímos os pais como sócios, onde a participação é considerada essencial.”

Ao andar pelos espaços, vimos que a escola tem ambientes harmônicos que se retro-alimentam. Suas composições nos remetem ao que Alfredo Hoyelos, em seu livro, A ESTÉTICA NO PENSAMENTO E OBRA PEDAGÓGICA DE LORIS MALAGUZZI,nos falou da dimensão estética como

“ parte integrante de uma estrutura de pensamento que sempre, e em qualquer caso, é capaz de integrar processos evolutivos, e que nas situações de aprendizagem pode sustentar e alimentar um conhecimento que não só se nutre de informação, senão que, evitando uma definição fácil das categorias, leve a uma relação de sensibilidade e de empatia com as coisas, solicitando a criação de conexões.”

Composta por dois segmentos, o NIDO (3 meses e 2 anos) e KINDERGARTEN, crianças maiores( de 3, 4 e 5 anos), organizados em dois prédios contíguos. NIDO é um lugar de encontro, projetado para os nenês de 3 meses. “Para que possam estar em um lugar especial, pensado para eles, para quando seus pais necessitam reincorporar-se ao trabalho, e onde suas aventuras na vida podem fluir entre agradáveis e confortáveis lugares: a casa e a criança.”

NIDO promove uma vida social desde o nascimento, um ambiente onde pais, avôs, tios, irmãos são acolhidos, refletindo um projeto educativo personalizado, caracterizado por uma metodologia própria e diferenciada.

A visão da escola sobre Documentação - (dar a voz às crianças pequenas)

A documentação é descrita na Puerta Abierta como possibilitadora da visibilidade das ações dos pequenos. Ela sustenta a memória das crianças, oferecendo-lhes a oportunidade de rever seu próprio processo, de encontrar a confirmação ou a negação e de poder se auto-corrigir. “A documentação permite às crianças comparar-se com os outros, convida a auto-evoluções e evoluções grupais, conflitos cognitivos e discussões.”

A documentação também viabiliza aos pais ver e acompanhar os processos de aprendizagens de suas crianças, e este estilo metodológico é adotado porque, segundo consta nos murais,

“a escola tem o direito e a obrigação de fazer visível a infância e a sociedade em geral, para provocar intercâmbio e discussão (...)A criança mostra muito rápido que tem uma voz, mas sobre todo um saber escutar e querer ser escutado. A escola, como contexto de escuta múltipla, utiliza a documentação para lograr este fim. Significa, para nós outros, fazer tornar possíveis e visíveis as relações que são estruturantes para o conhecimento.”

Citando Alfredo mais uma vez, vimos que “Através da documentação se desvela uma escola que quer argumentar seu trabalho além das palavras, uma escola que pensa, que reflexiona, que aprende no caminho, uma escola que sabe pôr-se em discussão pública, capaz de escutar e dialogar com democracia, construindo processos de confiança recíproca e legitimidade pública.”

Isto é visto e vivenciado na forma como as documentações traduzem os feitos dos pequenos. Expostas nas paredes, comunicam muitos projetos, de interação com a natureza, de adaptação, da escuta sensível aos pequenos, entre outras coisas.
E assim conhecemos a Escola Puerta Aberta, um âmbito educativo para crianças e adultos, mais um reduto inspirado pelas escolas de Reggio Emília.



*Tatiane Nascimento é gestora do CMEI Cid Passos - Escola do Grupo de Cooperação - Salvador - Bahia.

sábado, 27 de novembro de 2010

O olhar de um grupo de mineiras...

*Equipe diretiva da Escola Navegantes

Chegamos a Salvador com muito desejo de compartilhar o que vivemos e de conhecer a sonoridade das vozes que por muito tempo estiveram em contato conosco via e-mail, olhar nos olhos dessas pessoas que estão distantes e ao mesmo tempo fazem-se tão próximas de nós, em conexão com os mesmos sonhos e ideais, partilhando anseios e inquietações.

A equipe da Navegantes estava ansiosa pelo momento de partilha, onde nos propomos a dialogar com os parceiros uma documentação realizada por um grupo de crianças da escola, aos poucos fomos desacelerando e nos sentindo pertencentes àquele contexto. Agradecemos a escuta, a acolhida, o respeito e as contribuições de todos os presentes no grupo de aprofundamento. Para nós foi muito intenso, exigiu uma entrega e sentimos essa entrega dos outros participantes também. Toda a vivência do dia 04 expressou e contribuiu para a relação de respeito e confiança presentes no grupo de cooperação.

Em nosso primeiro encontro com as escolas do grupo, contamos também com o olhar de Juan Carlos; a presença de um atelierista tão sensível e atento abriu-nos os horizontes, como bem disse Morgana a sensação era de que uma luz estava sendo acessa, iluminando novos caminhos e possibilidades.

Algumas indagações permanecem em nossas mentes causando produtivas dores de idéias; aprofundar mais, degustar os detalhes, observar e saborear com todos os sentidos a impressionante maneira das crianças serem e estarem no mundo. De que forma as crianças expressam seus pensamentos? Que papel cumpre o jogo no universo infantil? O que é imaginação? Perguntas que provocam desequilíbrio interno e ao mesmo tempo oferece subsídios para construirmos nossa própria plataforma de trabalho.

Depois de ouvir e nos apropriar da beleza e da complexidade de tantas experiências envolvendo escuta atenta, dedicação e respeito perante a Infância, nossas projeções não cabem dentro de nós, começamos então a conjeturar ações, movidas pelo clima de esperança e garra que nos apropriamos ao estar em contato com iniciativas em prol da Infância de repente nos vemos envolvidas e nos sentindo de fato co-responsáveis pela causa da Infância.


*Silene, Mônica e Morgana.

Escola Navegantes- Escola do Grupo de Cooperação -Uberlândia MG.

domingo, 21 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Novo Olhar sobre o 5º Seminário da RedSOLARE Brasil


*Carol Uzeda


Gente. Gente diferente, envolvente, interessante, apaixonante... Gente boa, gente fina, gente “da gente”. Ouvir e vivenciar o 5º Seminário da Redsolare Brasil tornou possível e rico o diálogo com outros educadores, ampliando o olhar e os horizontes sobre a Educação Infantil. Conhecer mais de perto as diferentes maneiras de “fazer”, pensar, agir, as diversas formas de sentir a prática, a vida, os desafios e a forma que propagam as nossas ações, nossas falas e atitudes.


O encontro tornou possível viver essa multiplicidade que estamos imersos e o quanto estamos próximas. Minas, Sul, México, Colômbia, Reggio e Brasil, contextos distintos e complexos que se encontram em um espaço privilegiado e democrático de diálogo, produtivo para pensar a cultura da infância. Refinar idéias, levantar questões, investigar, repensar... Uma experiência instigante e prazerosa.

Perceber o compromisso das meninas da Cid Passos – Salvador - BA e o relato envolvente da professora Lenise, consolidou a crença da Reggio como inspiração e não exatamente como um “modelo” a ser seguido. Identifiquei-me com as professoras do Centro Educacional Caminhos em Lajeado – RS quando, socializando a filmagem, nos confidenciava as inquietações, fruto de uma prática consciente, refletida, intencional e respeitosa. A professora Thaíza, da Escola Navegante em Uberlândia MG, revelou uma prática recente mais cheia de beleza e fascínio que nos convida a aprofundar as idéias e exercitar a pedagogia da escuta. Ao ouvir Alba, da Escola Colmeia - Salvador - BA, pensamos sobre como deve ser constante a busca pela compreensão do olhar da criança. Olhar este inteiro, complexo e intenso. E como esta criança explora o espaço, a cidade, o meio urbano que vivencia. Espaço que não é pensando para ela, mas é reinventado por ela. Rita de Cássia, da Escola Creche Pequeno Aprendiz, em Itabuna - BA, encantou e convocou o grupo a aguçar o olhar e perceber, de maneira sensível o que as crianças nos trazem do contexto, da sua cultura. Lindo e empolgante relato: O Pequeno Fazedor de Pipas. Fernanda, da Nossa Infância – Salvador - BA, me conforta quando traz os princípios da escola onde trabalhamos revelado nas ações das crianças, contando-nos uma vida de beleza e responsabilidade.


Juan Carlos, Atelierista – Bogotá/ Colômbia, impressiona com sua palestra! Encanta a sua maneira de falar, de pensar ambientes, das intenções, questionamentos... Instiga a aprender, buscar, procurar as fontes de pesquisa... Encoraja a busca, a produção e fortalece a prática com as crianças.
Valeu muito! Boas memórias ricas trocas!

Marília, mais um encontro vitorioso, produtivo e aconchegante! Bom sentir-se acolhida e instigada!

Na oportunidade, agradeço à Sandra Torzillo, minha diretora, que sempre antenada, nos apoiou nesta jornada.
Abraço grande!


*Carol Uzêda é pedagoga e educadora do 1º ciclo de Educação Infantil na Escola Nova Nossa Infância – Salvador – BA.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Encontro 03.11 - Livraria Cultura Villa Lobos - Sâo Paulo

"Ambientes curiosos, crianças criativas, pesquisa da revista Newsweek, neurônios espelho, cortina do teatro, as 100 linguagens das crianças, 5.7%, infância perdida, ambiente circular, Reggio Conta, Scuola Diana, slow food, etc...Com certeza toda esta experiência e "viagem" que eu fiz a Reggio Emilia em três horas de palestra são hoje uma nova inspiração para a minha prática. Agradeço novamente a Marília Dourado e Elaine Pires pela excelente palestra ministrada em São Paulo na semana passada. Como eles dizem lá na Itália...Grazie Mille!"


Sandra Rodrigues /Professora de inglês da Escola Caminho Aberto - São Paulo

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O olhar da cidade sobre a criança

Abertura do 5º Seminário Latino Americano de Educação Infantil da RedSOLARE Brasil



*Elaine David Pires



Reggio Emília é uma “cidade” que olhou para a criança e a infância como suas grandes possibilidades de recriação e reconstrução social. É uma cidade que vê a criança como cidadã com direitos e por direito. E, que, portanto, tem direito à educação de qualidade, à manifestação e à escuta atenta. Além de ser reconhecida como protagonista competente com capacidade inesgotável de criação e construção, respeitada no seu equivocar-se (faz parte do caminho), nas suas cem linguagens, cem formas de ler e comunicar sua compreensão de mundo... para si e para o mundo.

E, qual "O Olhar da Cidade sobre a Criança"?

Qual é o olhar que as cidades do Brasil depositam sobre nossas crianças?

Em muitos momentos e instâncias, de modo massificador, um olhar de consumismo, de sexualidade antecipada, de mão de obra barata ou escrava, de moradores de rua sem escolas e sem escolhas, outras com excesso de escolhas construindo o conceito de que liberdade está associada ao “eu quero, eu posso” independente do respeito ao outro.
Será que ao mirar os olhos das cidades, as crianças se vêem refletidas ou vêem seus olhos – de desejos, anseios, curiosidade, autoria... - refletidos?
Será que não vêem miniadultos sem infância e, no entanto, muitas vezes, afetivamente infantilizados?
Em momentos de troca, ouvi que luno (luz) e o radical a (ausência) compõem a palavra aluno (sem luz).
É a ausência de luz que a criança ainda vê refletida ao mirar-se nos olhos dos professores que se intitulam mestres, mas se colocam como centro da relação com o conhecimento como se fossem a luz salvadora – o detentor e transmissor do conhecimento?
Posso afirmar que muitos e muitos (milhares) educadores já têm um novo olhar. Os que se reuniram no Seminário Latino Americano cujo tema foi o Olhar da Criança sobre a Cidade não se vêem mais sob este prisma. São profissionais que renovaram e renovam, a cada momento, seu olhar sobre a criança e a infância.
Necessitamos irradiar essa luz de nossos novos olhares. Multiplicar a nova concepção de criança que há por trás deles. E, efetivamente, construir mais espaços de aprendizagem ricos, estimulantes, desafiadores e possíveis para as crianças e para nós, educadores.
Se não devemos deixar de lutar enquanto todas as crianças de nosso planeta não forem felizes e reconhecidas em seus direitos, também, não podemos deixar de buscar, estudar, trocar, crescer, transformar e re-transformar nossas práticas, de modo a incentivar, propiciar e favorecer a que elas atribuam sentido à suas aprendizagens. Seus próprios sentidos e não os nossos; uma vez que são as experiências, relações e aprendizagens delas e não as nossas.
Respeitar o direito da criança cidadã é respeitar sua forma de significar e re-significar, construir, desconstruir e re-construir conhecimento.
A criança de ontem e de hoje são parceiras da criança da criança do futuro na construção do amanhã.
O educador de ontem e de hoje são parceiros do educador do futuro na construção do amanhã.
Não há como negar o que fomos e o que somos na ânsia de nos tornarmos melhores.
Assim como as crianças, merecemos tempo e precisamos aproveitar este tempo.
Não importa a velocidade e sim a direção para onde caminhamos, pois quando chegarmos “lá”, desejaremos seguir um pouco mais adiante. Isto faz parte da busca pela excelência. Como disse Paulo Freire: “A alegria não se dá apenas no encontro do achado, mas faz parte da busca. Ensinar e aprender não pode se dar fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”

*Elaine David Pires é representante da RedSOLARE Brasil no Pólo São Paulo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Memórias e Olhares sobre o 5º Seminário Latino Americano - parte 2 - CMEI Almir Oliveira - Salvador - Bahia

O olhar do CMEI Almir Oliveira sobre o Seminário Latino Americano Redsolare Brasil - O olhar da criança sobre a cidade: Um diálogo com as práticas educativas da América Latina inspiradas em Reggio Emília.

* Equipe de educadores do CMEI Almir Oliveira - Salvador - Bahia





Com relatos de escolas brasileiras aprendemos...


A Escola Nova Nossa Infância - Salvador - BA, conta que fazer parte da RedSOLARE Brasil, tem seus princípios fortalecidos. Fala de uma experiência de amor, afeto e conhecimento numa documentação que narrou os diálogos das crianças com subjetividade, diversidade , participação e criatividade. Convocados a pensar de forma estética e investigadora.
A Escola Caminhos - Lajeado - RS, reflete a visão sobre as atitudes cotidianas da escuta com interesses e potenciais. Uma des-aceleração-educador como compromisso. O cenário de vivência, estudo, pesquisa e escuta giraram em torno de aspectos sociais, institucionais e naturais.
A experiência de Itabuna - Bahia nos faz acordar sobre como é grandioso o retorno/ resposta da criança quando valorizamos a sua cultura, seus desejos, suas crença. Isso significa ancestralidade: respeito aos que fomos e aos que virão.
O CMEI Cid Passos - Salvador - Bahia como sempre dando passos largos e para todos os lados resgatando o valor real da cultura infantil. Desequilibrando para resolver questões com inquietações que surgem.
A Escola Navegantes - Uberlândia - MG, nos atenta que para dialogar com as crianças as profesoras tem que entrar no jogo simbólico, já que as crianças trazem suas projeções sobre as coisas. É preciso levar as crianças a campo para que sempre novas projeções apareçam.
Alba, da Escola Colmeia - Salvador - Bahia - nos contou com muito entusiasmo uma experiência, onde foi desenvolvida uma rica fonte de pesquisa sobre como as crianças compreendem o mundo. A participação das famílias foi muito importante para que o projeto acontecesse. E nos deixou uma reflexão: Como convocar e provocar ainda mais as crianças?
E para finalizar e iniciar um longo e infinito período de diálogo...
É importante ressaltar a visão que a criança tem de fora da escola.
A paixão pela educação, a disponibilidade de comprometer-se, o respeito ao diálogo as crianças, a disponibilidade para entrar num diálogo forte e difícil e aceitar esse desafio.
É importante valorizarmos a cultura da nossa cidade com atitude de respeito as escolhas de cada um.
A escola deve se comunicar com o exterior, pois desempenha um papel importante na sociedade e um marco forte na história de uma pessoa.
Qual o papel político da escola na construção de uma sociedade?
E assim....
Vimos sonhos reais em atitudes possíveis. Isso depende dos olhos de quem vê e dos desejos de quem sonha.
Experiências que agraciaram a nossa intelectualidade e fortaleceram a nossa luta por uma valorização da infância em todos os seus olhares, gestos, cores,...
Esses processos devem ser exteriorizados e aplaudidos sempre, porque deixam marcas de elegancia, de conquista, de competencia, de prazer; em que todas as crianças são inteligentes e dotadas de potenciais únicos que devem ser reconhecidos, nutridos e celebrados.
(re)pensar
(re)desenhar
(re)organizar
(re)fazer
(re)agrupar
(re)significar

Tudo isso para (re)descobrir um mundo novo de possibilidades onde a alegria, a história, o respeito e a escuta sensível faça-se presente em sua plenitude. Isso é estabelecer relações com o outro utilizando as formas de linguagens mais profundas.
Isso é a RedSOLARE Brasil!



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Memórias e Olhares sobre o 5º Seminário Latino Americano - parte 1 - CMEI Almir Oliveira - Salvador - Bahia

O olhar do CMEI Almir Oliveira sobre o Seminário Latino Americano da Redsolare Brasil - O olhar da criança sobre a cidade: Um diálogo com as práticas educativas da América Latina inspiradas em Reggio Emília.

* Equipe de Educadores do CMEI Almir Oliveira


O seminário teve a ilustre abertura pela orquestra “Estrelas de Amaralina”, da instituição ibarra, composta por crianças e adolescentes em situações de risco. Uma atitude simples que transformou a vida dessas crianças.

Esse mimo foi a chama inicial da nossa inspiração. Uma atitude de crença, convicção e persistência.
Crianças são capazes! Muito além da nossa imaginação.

Em seguida pudemos refletir acerca dos acontecimentos desses dois dias de Seminário através da fala de Juan Carlos Melo – atelierista de Bogotá, Colômbia – que defende a atitude de um diálogo sério, transcedente e necessário em defesa da cultura latente nas crianças.

Sausan Burshan – Representante da Redsolare México – lembra-nos que falamos línguas diferentes, mas podemos nos entender com o coração porque defendemos a infância e falamos de crianças com potenciais.

Contamos também com a presença de Dr.ª Márcia Guedes – representante do Ministério Público da Bahia – que nos diz que basta apenas um ato de vontade para a educação acontecer, precisamos apenas fazer uma revolução/ redefinição de ética e valores.

Marília Dourado – Representante Nacional da Redsolare Brasil – nos fortalece na militância da causa da educação infantil. É no convívio com as diferenças que seremos capazes de oportunizar ricas situações para as nossas crianças. Expõe que a Redsolare Brasil defende a cultura da infância no sentido de valorizar o enorme potencial das crianças, o dever dos educadores em revelar as crianças em todas as suas linguagens e defende e divulga a prática educativa em Reggio Emília, na itália, onde podemos encontrar caminhos possíveis para a infância ser valorizada. Exprime que a intenção desse seminário gira em torno de mobilizações de pesquisas feitas em diversos locais através da reflexão de como está sendo construída hoje nas crianças a idéia e o sentimento de cidadania, o que significa para as crianças e para cada um de nós ser cidadão e como a criança concebe a cidade em que reside.

Elaine Pires – Representante do Pólo Redsolare Brasil - São Paulo – exprime que assim como as crianças merecemos tempo, não importa a velocidade e sim a direção. E quando chegarmos lá sentiremos vontade de ir sempre mais. Isso faz parte da busca pela excelência.

Na palestra de Juan Carlos melo sobre os processos da documentação pedagógica, tivemos um breve conhecimento sobre a cidade para que clareasse a demonstração do trabalho desenvolvido com as crianças, crianças que sentem e se comunicam com o mundo e consigo mesmas. Nos encanta ao dizer que a documentação pedagógica permanece viva pelo desejo e curiosidade do olhar da criança ao se apropriarem de ferramentas e elementos a seu próprio modo. Segundo Juan, a documentação é uma relação curiosa para entender como a infância traça sua história. Quando documentamos usamos linguagem, imagens pertencentes aos desafios naturais que as crianças participam em seus processos de conhecimento, nas emoções, nas interações, nas ações, na sensibilidade. São como recursos para reelaborar como as crianças aprendem, para entendermos a profunda relação com a linguagem plástica e narrativa das crianças. O processo de memória é importante pela constatação das investigações das crianças e ao mesmo tempo é o trampolim para continuarmos.

Na palestra de Sausan Burshan sobre o olhar das crianças sobre a cidade e o universo cultural, pudemos constatar como é a apreciação das crianças através de exploração da linguagem fotográfica, onde as crianças retrataram significados de mundo a partir de seus pontos de vista, olhar o potencial da criança e a procura do meio para que proporcionasse seu desenvolvimento. A documentação começa com o interessa de um grupo novo e o questionamento é que direciona o projeto. A concentração, o dialogo com o lugar, as diferentes formas de pesquisas que as crianças usam, a participação da família e planejamento diretivo dão vida ao projeto e revelam como as crianças constroem seus conhecimento. O educador deve provocar todo interesse delas para que o conhecimento seja construído de forma agradável e provocadora. O professor tem que conhecer muito sobre o construcionismo social, conhecer a proposta, além de auto-analisar constante e rever as ações que são propostas. Permitindo errar é a melhor forma de aprender.

No relato de experiência do México, Sausan conta-nos sobre um projeto que valorizou a cultura dos maias, onde foi trabalhado a língua, hábitos, história e costumes. Começou através de questionamentos de crianças que não se viam enquanto maias e assim partiu a importância de trabalhar isso, unido crianças num intercambio cultural abrangendo também outros aspectos como vestimentas, danças, religiosidade. O projeto fortaleceu a identidade das crianças, elevou a autoestima delas: as crianças entenderam a civilização, se viram e se reconheceram como maias. Um futuro construído com passado, uma feliz geração com memória

Na palestra de Juan sobre o jogo e o pensamento plástico da criança, ele informa que a documentação é uma responsabilidade para verificar o desenvolvimento emocional e cognitivo e que deve ser feito com muita leveza. A prática deve ser reflexiva. O atelier deve ser feito com produtos reaproveitáveis e arrumados pela própria criança. Para fazer escola diferente devemos fazer transformação no pensamento, que geralmente é linear. Pensar em desequilíbrio é pensar em construir soluções. A escola sistêmica é uma escola de escuta. O erro é visto como várias possibilidades de construção e o professor deve promover ambiente favorável para isso, o erro é uma variável e que a criança usa para criar estratégias e alcançar objetivos. O interessante é a essência.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Abertura do Seminário - "O Olhar das Crianças sobre a Cidade".

* Marilia Dourado


Este Seminário é o 5º da RedSOLARE Brasil e estamos muito felizes pelo significado dele para todos nós, educadores do mundo. Com este encontro e também reencontro, reafirmamos o valor das relações: entre países, estados, cidades... entre pessoas, educadores, professores, gestores, coordenadores, auxiliares e famílias de instituições públicas, particulares e comunitárias.

Acreditamos que realizar iniciativas como esta, que focam na educação em relação e expressam o nosso sentimento, a nossa esperança e a nossa busca como educador, mas acima de tudo como pessoas, em qualquer parte do mundo em que vivemos, é o caminho para a construção de uma realidade necessária, uma vida feliz, justa, marcada pela esperança, a realidade que buscamos para todos e todas que vivem no planeta, a nossa casa. Porque educação é um fato social, cultural e político que vive necessariamente de diálogos, de solidariedade, de partilha, de tudo que se pode crer a título de diversidade, de VIDA - Vida global que defende a relação de interdependência entre homens e nações.

Para Malaguzzi, educador responsável pelo Projeto da prática educativa da Reggio Emília - Itália, formamos parte de um mundo em que as distâncias estão se encurtando. Isto nos oferece a possibilidade de sermos habitantes de muitos mundos, com grande interrelação entre as culturas, o que significa que nunca estarmos sós. E viver em relação implica em uma consciência planetária e no exercício pleno da cidadania.

Esta ideia nos convida a refletir:

Como está sendo construída hoje nas nossas crianças a ideia e o sentimento de cidadania?

• O que significa hoje para as crianças e também para cada um de nós, ser cidadão?

Para aprofundarmos estas ideias que implicam em compreender a nossa concepção de mundo, sociedade, espaço educativo, homem, criança, aprendizagem, pensamento e múltiplas linguagens, organizamos este encontro com o tema “O Olhar da Criança sobre a Cidade”. Para escutar atentamente as suas vozes convidamos nossos amigos e parceiros de sonhos e realizações, da Colômbia e do México, assim como, educadores de 6 instituições do nosso país, de 3 estados diferentes (Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais), que viveram experiências singulares, como guias e orientadores, investigando com profundidade, as teorias das crianças, as mais diferentes formas de expressão das suas ideias e pensamentos. Desde fevereiro/2010 estas espaços educativos dialogam entre si, participando do Grupo de Cooperação da RedSOLARE Brasil e aprendendo juntas: a arte de educar numa perspectiva criativa, de valorização e respeito ao enorme potencial das crianças, em permanente diálogo com a Reggio Emília.

Nessas relações compartilhamos nossas idéias e concepções que influenciam nossas teorias, esperanças, palavras, pensamentos e emoções. Ao interagirmos uns com os outros, identificamos interdependências que nos levam a construir-nos e reconstruir-nos como num caleidoscópio constantemente num mundo, que se amplia e ao mesmo tempo encontra focos, assim como acompanhamos esse mundo em que estamos inseridos transformar-se. É surpreendente e também realizador constatarmos que a realidade é re-elaborada por nossa própria atuação nela. Esta é a defesa da Cidade de Reggio Emília e da educação que é feita nela. Esta é a nossa inspiração!

Loris Malaguzzi com a sua Pedagogia da Escuta que muitas vezes foi denominada “transgressora porque luta contra a acomodação, a chatice, o tédio. Procura intencionalmente - com amabilidade e paixão - a alegria, o otimismo e a ironia. É transgressora, também, por sua capacidade de assumir riscos, de realizar eleições e desafios múltiplos, e por sua imaginação constante para transformar o utópico em possível; e o possível em real”.

“Também podemos afirmar que é uma pedagogia transgressora pela idéia de um projeto que leva a Loris a reconhecer as múltiplas direções ou infinitas bifurcações dos acontecimentos. Mas esta idéia, que assusta e pode paralisar, em Malaguzzi e em Reggio se transformam numa energia criadora. Trabalhar em educação é, também, fazer eleições, saber selecionar. E Malaguzzi tinha a capacidade de saber fazer as indicações justas e oportunas, os caminhos a seguir. Era como alguém que apontava sempre na direção oportuna com a idéia de ir além. Sempre reconhecia um caminho novo pelo que seguir”.

Temos escolhidos caminhos que nos desafiam a todo o momento, mas que também nos encoraja porque sabemos que a nossa realidade nos convoca a agir na urgência. Acreditamos que se trata de uma atitude cotidiana, uma relação empática e sensível com o nosso contexto, com o meio em que estamos inseridos. Identificamos que existe “um fio que conecta e ata as coisas entre si, um ar que leva a preferir um gesto a outro, a selecionar um objeto, a eleger uma cor, um pensamento; escolhas nas quais se percebe harmonia, cuidado, prazer para a mente e para os sentidos”.

Existe também um olhar que descobre, que admira e se emociona. É o contrário da indiferença, da negligência e do conformismo.

É por isso que constantemente formulamos novas perguntas que não tem respostas únicas, nem fáceis. Queremos deixá-las como pontos de interrogações que nos ajudem a compreender o valor deste Seminário e dos nossos permanentes encontros:

O que é mesmo uma cidade?

Como as crianças transitam pela cidade?

Quais são os gostos das crianças?

Como utilizam os elementos da cidade?

Qual a relação entre cidade e escola?

Como as escolas apoiam as crianças a compreenderem a sua cidade?

Para Ítalo Calvino "É uma cidade igual a um sonho: tudo o que pode ser imaginado pode ser sonhado, mas mesmo o mais inesperado dos sonhos é um quebra-cabeça que esconde um desejo, ou então o seu oposto, um medo. As cidades, como os sonhos, são construídas por desejos e medos, ainda que o fio condutor de seu discurso seja secreto, que as suas regras sejam obscuras, as duas coisas escondem uma outra”.

Queremos muitas outras instituições dialogando conosco. Muitos outros educadores participando desta mobilização. Este momento é pois um novo convite para que desfrutemos de cada olhar, expressão, fala, escuta, cheiros e sabores das crianças, abramos o coração e aprendamos com elas, pois hoje podemos afirmar que com as crianças descobrimos muito mais das nossas cidades:

Cidade antiga, cidade moderna,
Cidade com muitos sonhos e desafios,
Cidade das dores e dos amores,
Cidade contradição,
Cidade da dimensão humana, cidade das crianças
Cidade insegura e com segurança
Cidade poesia, cidade romântica,
Cidade invisível
Cidade proibida,
Cidade de muitos segredos,Cidade de ontem, hoje e amanhã,
Cidade das crenças e de mita mobilização.
Cidade feliz e infeliz , mas também em busca permanente da FELIZcidade!

Que a busca seja uma constante em nossas vidas, assim como as nossas realizações, as transformações em possível, daquilo que nos parecia impossível.


*Marilia Dourado é a representante Nacional da RedSOLARE Brasil e membro do network Internacional da Reggio Children – Itália.

sábado, 30 de outubro de 2010

Seminário - RedSOLARE Peru

Estimados amigos y colegas de RedSolare Brasil:

Unidos en el compromiso con la infancia de nuestros países, pedimos a RedSolare Brasil difundir entre quienes consideren conveniente la información sobre nuestro Seminario Internacional:
¿Hacia dónde va la Educación?
Los proyectos de investigación dentro de un currículo creativo
El Seminario, dirigido a profesores, directores y asistentes de aula de inicial y primaria, se llevará a cabo el 12, 13 y 14 de noviembre en los siguientes horarios:
Viernes 12/11 5 p.m. a 8 p.m.
Sábado 13/11 9 a.m. a 5.30 p.m.
Domingo 14/11 9 a.m. a 12 m
Estamos adjuntando un volante con mayor información.
El evento se llevará a cabo en el auditorio del Colegio Inmaculado Corazón (Calle Julio Becerra 130, Miraflores).
Los esperamos,


Ana María Barrantes

Presidenta de Red Solare Perú
 


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Crianças curiosas, ambientes Criativos - O Sistema Municipal de Reggio Emília

O 10º encontro da RedSolare no SESI Itapagipe, foi como uma onda suave ou uma brisa que carrega um perfume que revela doces lembranças! Foi como voltar o filme dos bons momentos que vivi entre as alegrias , desafios e aprendizagens que a vida proporciona .Me senti, particularmente retornando pra casa, o SESI .Revi colegas que são personagens da minha história, professora Josenice que é uma referência em educação infantil, Ilca, Arlene, graça, Marília , Alba e outras personalidades .

O momento foi regado pelas crianças da educação infantil, (que são o sentido de tudo isso),através do lindo projeto de leitura,que tem Jorge Amado e Zélia Gattai, por que não dizer, como homenageados com a exposição oral da história “O gato malhado e a andorinha Sinhá” por uma criança de 5 anos. essa trama fala de um amor impossível entre esses personagens e que não tem um final comum às histórias infantis .

Mas, toda história ,para criança pequena, tem que ter um final feliz? A professora Arlene revela um sentimento muito comum a nós professores de educação infantil ,poupar seus alunos dos finais desagradáveis. E revela a importância de preservar a história do autor , fazendo apenas adaptação a sua linguagem, já que não se trata de uma literatura “específica” para crianças pequenas .

No outro momento Marília Faz um breve histórico de Reggio Emilia, cidade localizada ao norte da Itália ,destruída e reconstruída (angariando recursos através dos destroços da guerra) por mulheres pensando a educação. E da pesquisa de Lóris Malaguzzi, que é traduzida mais em ações e em poucos escritos.

Marília descreve um pouco das escolas infantis regianas,dando ênfase as relações horizontais que existem entre os espaços e as pessoas(adultos e crianças), tal espaço não tem características “convencionais” de escola. ,sendo este denominado contexto social educativo, espaço este dinâmico( pois não são fixos, mudam sempre que necessário ou desejado ) e polisensorial, possibilitando o uso das diversas linguagens . A Ética a Estética e a Política os princípios que regem a educação. Outro fato importante é a preocupação com o meio ambiente; as escolas são pensadas pelas crianças e construídas com elementos naturais que não trazem danos a natureza.

Na Reggio Emilia a educação infantil é de responsabilidade do sistema municipal e o ensino fundamental ,do sistema estadual. Como assegurar a continuidade das idéias de Malaguzzi, no ensino fundamental?

Os passos avançam...














28 de outubro de 2010
Abraço a todos!
Léa (CMEI CID PASSOS)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Reunião mensal - outubro - 2010

Caro (a) educador (a),




A RedSolare Brasil convida para a Reunião Mensal/outubro-2010. Nesta ocasião contaremos com uma apresentação da representante nacional e membro do Network Mundial da Reggio Children, Marilia Dourado sobre o Sistema Municipal de Educação da Reggio Emília, sua organização, estrutura e funcionamento. Nos últimos 5 anos Marilia está em diálogo com a Reggio Children, participando de Projetos em colaboração, visitando a cidade e suas Escolas, duas vezes ao ano.

Teremos também relatos de experiências da Escola do SESI Itapagipe.
 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

“Como um avião que voa bem alto no céu...”

* Alba Bezerra

“...Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...”



            
No aeroporto de Salvador me deparo com um grupo de crianças da Escola Municipal de Periperi, do Subúrbio de Salvador, radiantes por acompanhar o embarque de sua professora.
A cena logo me salta os olhos e nos emaranhados dos meus pensamentos, algumas reflexões começam a emergir:
  • O que representa para estas crianças essa experiência?
  •  Como a relação vincular entre as crianças e os adultos e o propósito que as unem podem indicar perspectivas?
Aproximo-me e pergunto o que elas estavam fazendo ali? Sem pestanejar, uma das crianças diz: “A gente veio se despedir da "pró" que vai estudar na Argentina. Ela vai viajar de avião e o avião voa bem alto no céu...”
As crianças têm essa capacidade de nos encantar sempre! Com um brilho peculiar da infância elas acabaram de me dar uma metáfora, antes mesmo de chegar ao Encontro Internacional realizado em Buenos Aires: “El enfoque de Reggio Emilia en la educación: experiencias en diálogo.”
Como um avião que voa bem alto no céu e leva vários passageiros, cada um com a sua bagagem e expectativas para este encontro formamos uma tripulação animada.

No embarque, uns em grupo, outros a sós, mas todos imbuídos de um mesmo propósito: dialogar com as experiências de Reggio Emilia para se aproximar e/ou se fortalecer na difusão da cultura da infância para que os nossos meninos e meninas tenham uma infância digna e rica em possibilidades de expressão das suas múltiplas linguagens para revelarem o quanto são inteligentes e competentes.
A decolagem sempre provoca sensações distintas. O frio na barriga é um indicativo, é um convite para nos implicarmos com a causa: Somos um país multicultural e de quase 200.000.000,00 de habitantes.

Nesse contexto, não temos nem um terço de atendimento a primeira infância.
  • Esse é um dado que nos mobiliza?
  • O que temos feito por nossas crianças?
  •  Que oportunidades temos dado a elas?
  •  Como temos possibilitado o convívio com as diferenças para que todos aprendam com a experiência?
  •  Por que é preciso olhar para a infância de uma forma diferente e mais sensível?
  •  Por que observar e escutar atentamente as crianças e dar visibilidade ao pensamento delas tem nos possibilitado ser um educador diferente?
  •  Como Reggio consegue dialogar com distintas teorias sobre a infância de forma tão coerente?
  •  Como Loris Malaguzzi e todos aqueles educadores que fizeram e fazem a história de Reggio ecoam as vozes de grandes mestres da educação sem transformá-las em “religião pedagógica?”
Após a decolagem, momento de desequilíbrio, vem à adaptação. Capacidade genuína de qualquer organismo vivo para se ajustar a um novo contexto. Claro que cada um tem o seu tempo de processar a informação e compreender.
No caminho, durante o trajeto, da viagem muitos diálogos. Vários pontos de vistas, distintas formas de enxergar uma mesma realidade. Nesse ínterim, muitas relações estabelecidas, construídas e fortalecidas. Risos, conversas sobre o cotidiano de nossas escolas, conversas sobre a vida... Vida!!! Todos os temas nos levam a fazer uma relação com a prática educativa de Reggio. Vida, dinâmica, interação, afinidade, diversidade, respeito, tolerância, inteireza, subjetividade, curiosidade, assombro, sensações, descobertas, experiências compartilhadas... O que seria de nós se não fossem os outros, pois como disse sabiamente, certa vez, Carla Rinaldi: “O outro somos nós!”
No pouso, a sensação gostosa do encontro e do reencontro como grandes colegas educadoras que começaram com a RedSOLARE Brasil na luta por esta causa, por esta utopia realizável na defesa da cultura da infância. Nos nossos olhares, palavras trocadas, abraços calorosos, a alegria de ver um auditório lotado, representado pela grande maioria de brasileiros com o desejo de colocar as experiências educativas realizadas em diálogo com Reggio. Uma alegria por reconhecermos o quanto somos capazes e o quanto somos fortes, só nos basta aprender a fazer com, a realizar ações conjuntas, a “abrir as portas de nossas escolas” para dialogar sobre as experiências buscando a interlocução, o apoio contínuo, o comentário de retorno para que possamos sair da zona de conforto e darmos um passo mais além.
Imbuídas deste sentimento, a RedSOLARE Brasil faz a diferença trazendo um discurso político, mas muito lúcido e sensível, que mexe a fundo nas nossas almas... Um discurso cheio de provocações e que desperta na plenária muita emoção... Um discurso que rompe barreiras e relações de poder e mostra uma experiência piloto para os 13 países da America Latina que ali estavam representados, a experiência do Grupo de Cooperação formado por instituições públicas e privadas de várias partes do Brasil e que dialogam e se retroalimentam. Buscando a beleza da riqueza desta troca. Quantas aprendizagens... E a certeza de que “um mais um é sempre mais que dois...”
No retorno para casa, a mala quase não fecha... São tantas as lembranças... São tantos os contatos de novos tripulantes... São múltiplas as lições aprendidas...
Amelia Gambetti, Emanuela Vercalli, representantes da Reggio Childrean e todas as colegas da RedSOLARE Latino Americana, obrigada pela companhia durante todos esses dias.
Esta viagem ficará marcada na memória e no coração.



*Alba Bezerra

RedSOLARE Brasil
Coordenadora da Escola Colmeia
SECULT/BA








Grupo de Estudos 2011

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia do Professor!

Professores que acreditam e sonham...
Que fazem a diferença, que tem coração que bate forte, que desejam transformar.
Desejamos hoje e sempre: escuta atenta, sensibilidade, respeito, acolhimento e luta... Muita luta pelos direitos das crianças e defesa da sua cultura!
Parabéns pelo nosso dia!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Seminário Internacional de Educação Infantil

                  Farol da Barra - Salvador - Bahia - Brasil Maria Eduarda - 4 anos
 

A REDSOLARE Brasil promove o 5º Seminário Internacional de Educação Infantil – O Olhar das Crianças sobre a Cidade - Reggio Emilia e América Latina - , nos dias 05e 06 de novembro de 2010, em Salvador, Bahia, Brasil.

O foco do evento é a criança, seu olhar sobre o mundo, suas múltiplas linguagens e diversas formas de expressão, assim como o papel dos educadores na formação dos meninos e meninas. Nesta ocasião pesquisadores, estudiosos, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, auxiliares infantis e demais educadores e interessados terão a oportunidade de aprofundar idéias sobre “A cultura da Infância e a Educação nas Escolas da Reggio Emilia”.

Contaremos com a presença de Juan Carlos - Atelierista, Bogotá-Colombia - RedSolare Colombia, Sausan Bushan-educadora, Mérida-México RedSolare México e Marilia Dourado, pedagoga, representante da RedSolare Brasil.

Contaremos também com relatos de experiência de educadores de diferentes estados brasileiros, em uma linguagem simples, porém instigante, em torno de práticas educativas de qualidade em diálogo com a experiência da Reggio Emília, para atender as crianças na 1ª infância.

Neste encontro os interessados encontrarão um rico apoio para o debate, a reflexão e conseqüentemente para o aperfeiçoamento da sua prática.

Maiores informações no telefone: 55- 71 33560037/ 71 9267-8620/ 71 9125-6040.

Informações sobre pacotes terrestre e aéreo, procurar a ONDA AZUL - 71 32346601/ 71 32346334

Solicite também a programação detalhada.








domingo, 26 de setembro de 2010

sábado, 25 de setembro de 2010

Navegando em parceria, olhares e impressões.

A equipe da Escola Navegantes está em constante estudo, se debruçando sobre obras magníficas. Os pressupostos piaggetianos, as contribuições de Vygotsky e o sociointeiracionismo, Wallon e o trabalho com o âmbito afetivo, Maria Carmen Barbosa com sua propriedade inquestionável ao nos falar na integra sobre o trabalho com os projetos pedagógicos, Emilia Ferreiro com suas contribuições a cerca da psicogênese da língua escrita e muitos outros autores e filósofos sustentam nossa práxis com seus posicionamentos frente à Educação. Estamos, então, diante de uma riqueza sem igual e queremos beneficiar as crianças levando em consideração as teorias estudas, em contexto, dentro da sala de aula.

Nós, Morgana Neves e Mônica Galvão, estamos à frente do acompanhamento pedagógico da Escola Navegantes e chegamos a Salvador com olhares de educadoras ansiosas, questionadoras, pesquisadoras. Estarmos em diálogo com outros educadores, vislumbrar ambientes institucionais sendo planejados com tanto zelo, muito nos alegrou. Ensaiamos por muito tempo a viagem a Salvador e não tínhamos idéia do quanto seria proveitoso irmos até lá.

Ao travarmos diálogos e estarmos respirando ares de escolas tão comprometidas em exercer na íntegra a pedagogia da escuta, descobrimos o quanto precisamos quebrar paradigmas, vislumbrar a escola e a sala de aula enquanto um grande laboratório e alcançar a sublime forma das crianças serem e estarem no mundo, tarefa que exige sensibilidade e uma visão muito apurada.

Deparamos-nos com esse jeito de fazer educação ao participarmos de uma apresentação da Escola Cid Passos onde nos deliciamos com a exposição do roteiro de viagem das educadoras que foram conhecer as Escolas de Reggio Emilia. Em cada expressão, em cada olhar, viajamos com elas, por meio da emoção que emanava de suas falas.

Chamou-nos muita atenção um dado momento da apresentação no qual as educadoras disseram que não se deve tentar reproduzir mobiliários ou projetos reggianos, mas sim valorizar elementos da nossa cultura. Fantástico!! Nossas crianças, nossa terra, nossas tradições, nossas idéias precisam de espaço, precisam ser valorizadas e reconhecidas.


A visita a Escola Cid Passos despertou sentimentos diversos e mostrou-nos grandes contradições: uma escola vizinha do oceano, um espaço físico comprometido, salas de aulas que exalavam empenho e dedicação. Ficamos aqui pensando em nossa cidade, algumas de nossas escolas públicas são melhores estruturadas mas, será que nossos educadores das escolas públicas têm aquele brilho nos olhos dos educadores da Cid Passos?
Observamos que os profissionais das escolas visitadas, tanto da Cid Passos quanto da Escola Nossa Nova Infância, se encontram em um estado permanente de desequilibração e reequilibração, o que é muito bonito de se ver. Profissionais engajados em realmente fazer valer a voz das crianças, valorizar suas obras, construir conhecimentos a partir dos interesses das mesmas, envolver a comunidade em seu projeto político pedagógico.

É por isso tudo que voltamos para Uberlândia acreditando que este jeito de fazer Educação pode e deve povoar as nossas cabeças e corações e convidar cada educador a fazer a diferença.



Morgana Pereira Neves – coordenadora pedagógica da Escola Navegantes.
Mônica Galvão Lopes – Diretora Pedagógica da Escola Navegantes.



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O que foi Reggio Emilia para mim?

* Adriana Zimmermann
Para falar a verdade foi muito mais do eu esperava. E as expectativas não eram baixas!


Quando se chega ao Centro Loris Malaguzzi já é possível perceber algo especial no ar. Toda a atmosfera do ambiente tem um “Q” a mais e respira-se o respeito ao ser humano nos pequenos detalhes.

Aliás, pode-se dizer que toda a filosofia de Reggio se baseia na sensibilidade e no respeito de realmente enxergar o outro – seja ele adulto ou criança.

Não é à toa que as ideias educativas dessa pequena cidade italiana são aclamadas, estudadas e admiradas por pessoas de diversas partes do mundo.

Em Reggio enxerga-se a criança como um indivíduo capaz, inteligente e com todas as possibilidades de desenvolvimento. Lá, dogmas absolutos não existem, somente espaços abertos para pesquisas, discussões, estudos e muita troca de experiências. As dúvidas e incertezas são muito bem-vindas, pois acredita-se que somente através dos desafios que elas trazem, é que seja possível o crescimento de todos os envolvidos no processo de educação.

O trabalho dos profissionais que ali trabalham, é simplesmente fascinante ao mesmo tempo que exige uma grande entrega por parte deles. Mesmo ganhando pouco, o trabalho realizado é simplesmente fantástico e as horas extras não são poucas.

Como diz a minha mãe: “Quem se torna educador só pode ser louco ou apaixonado.” E está mais do que claro que, para aqueles profissionais, a segunda opção é mais do que verdadeira.

A criança é vista e tratada com a seriedade que merece e, quando isso acontece, os resultados dos trabalhos realizados são impressionantes. Ali, os pensamentos, interesses e sentimentos das crianças são as molas propulsoras de todo o processo de construção do conhecimento. As ideias e observações das crianças são registradas e estudadas, de tal forma que o papel do educador passa a ser: dar o suporte necessário para que os pensamentos das crianças sejam explorados de cabo a rabo, visando sempre a averiguação daquele pensamento.

Quando um projeto se inicia, não se sabe como ele acabará. São inúmeros os caminhos, são inúmeras as formas de expressão da criança e, como não podia deixar de ser, podem ser inúmeros e surprendentes os resultados de um projeto.

A sensibilidade para entender a criança é um dos pontos marcantes do trabalho lá desenvolvido. Trabalho esse que é levado a sério não so pelos educadores, mas por toda a comunidade local. Lá, a escola está inserida na vida. Ou melhor, como disse uma das educadoras: “ Muitas escolas estão preocupadas em preparar os alunos para a vida. Enquanto as pessoas continuarem a ter essa preocupação, não irão perceber que a escola é a vida!”

A mim, que sou apaixonada pela profissão - mas também, pode-se dizer, louca, por trabalhar numa área com tantos desafios – só fica a vontade de voltar muitas vezes à Reggio Emilia, não só para aprender mais, mas também para seguir tendo esperança de que as coisas podem ser diferentes e que, algumas vezes, vale a pena ser “louco” e lutar por aquilo que se acredita.

*Adriana Zimmermann é Coordenadora da escola de educação infantil Curumim, em Frankfurt - Alemanha