terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Impressão e relato de minha participação no Encontro do Ministério Público na Bahia


*Ana Teresa Gavião A.M. Mariotti


“Infâncias possíveis, mundos reais”

Há algum tempo participei de um encontro na Universidade do Minho, em Braga – Portugal. O encontro chamava-se “Infâncias possíveis, mundos reais”. Esse nome, não é uma simples denominação, mas carrega profundas ideias e concepções sobre a infância que nunca saíram de meus pensamentos...

Não é à toa que, participando do evento em Salvador – Primeira Infância. Proteção Integral, observei as diversas infâncias e seus respectivos mundos que temos dentro de nossa realidade nacional.

As crianças brasileiras vivem nos mais variados contextos... Muitas vezes esses não são saudáveis e não garantes o bem-estar infantil. O encontro possibilitou constatar o movimento de rede que se cria para a garantia de uma infância rica, plena de saúde, aprendizagens, relacionamentos e brincadeiras.

Compartilho dois pontos interessantes do encontro que visam a proteção integral da criança, com relação à internet e a publicidade:


MESA: Primeira Infância e Crimes praticados na Internet

Juliana Cavaleiro – Delegada Federal, Chefe do Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil na Internet
§  Perfil dos criminosos são homens, de 23 a 32 anos. As crianças vítimas são menores de 12 anos.
§  A Polícia Federal pretende preparar bem os policiais para ouvir às crianças.
§  É um crime que vem aumentando anualmente.
§  Os Estados que mais têm este tipo de crime são os mais avançados com relação à internet, localizados no sul e sudeste.
§  As empresas brasileiras da internet não informam a Polícia Federal os dados, já a Microsoft informa (é uma contradição).

Thiago Tavares de Oliveira – presidente da Central Nacional de denúncia de Crimes contra os Direitos Humanos na Internet Brasileira  - SaferNet
§  Internet é um espaço público de socialização, e como em toda sociedade e espaço público há crime. Enquanto rede de pessoas, a internet é o reflexo da sociedade.
§  As pessoas que buscam por esse assunto no Google procuram fotos, vídeos e conteúdos de abuso às crianças. Este conteúdo estando na rede está acessível à procura.

§  SaferNet é uma Fundação criada em 2005, fundada pela Universidade Federal da Bahia e PUC-BA.

§  Trabalho da SaferNet filtra as páginas de internet que tem o conteúdo de pedofilia. Nas últimas 30 semanas mais de 30 blogs foram criados com vídeos de crianças sendo estupradas.

§  Foram desenvolvidas por engenheiros de software com objetivo de filtrar, achar as provas contra pedofilia. É preciso encontrar essas informações, coletar, sistematizar, traduzi-las em linguagem jurídica para que tenha utilidade criminal. São informações que ficam muito pouco tempo na rede. Por isso precisam ser rápidas as ferramentas, para mapear onde estão na internet do mundo.

§  Sabe-se que 57% a pornografia mundial na internet estão em sedes dos EUA. Na Europa em torno de 27% estão na Holanda, porque a legislação possibilita a pornografia a partir dos 13 anos. Muitos estão hospedados no Panamá. No Brasil menos de 2% estão armazenados no Brasil, porém as investigações demonstram que embora não armazenados, os crimes são praticados aqui, isto é, o conteúdo é feito aqui, em todo o país.

§  As empresas precisam cooperar com as autoridades, por exemplo o Google que tem representação no Brasil, precisa disponibilizar as páginas.

§  Há uma rede Hope que é uma rede mundial trabalhando nessa mesma atuação de filtrar os sites de pedofilia.

§  Há oficinas para educadores e cartilha disponíveis sobre o assunto.

Mesa: Publicidade e 1ª. Infância

Maria Carmen Novaes – Defensora Pública
§  As crianças preferem comprar ou brincar? As crianças preferem ir ao shopping ou ao parque.

Dra. Flávia Marimpietra. Advogada e Profa. Universitária. Criança e o consumo, Limites para a publicidade infantil. PROCON.
§  Há limites na questão da publicidade. Devemos ter parcimônia com os pais, em função da enorme quantidade de propaganda.
§  Definição de Criança é o ser humano de 0 a 12 anos, segundo o ECA em seu 2º. Artigo.
§  Consumo é a satisfação das necessidades. Consumismo é a satisfação irracional de desejos. Prazer vem da aquisição do objeto, e não do objeto em si. Desejo precisa ser limitado.
§  As crianças esperam o que o pai pode comprar, do que com o calor do seu abraço.
§  As crianças brasileiras influenciam 80% das compras brasileiras. A criança passa 4 horas e 50 minutos por dia na televisão. (segundo o Instituto Alana).
§  80% das crianças entre 3 e 11 anos tem como principal lazer a TV (Revista do Procon de SP, abril de 2010).

Agradeço o convite feito pela RedSolare para participar do encontro do Ministério Público e afirmo que minha estadia em Salvador possibilitou pensar nas Infâncias possíveis que devem habitar mundos reais de alegria, cultura e paz.

                                                                                              *Ana Teresa Gavião A.M. Mariotti
27 de outubro de 2011.



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Reunião Mensal- outubro 2011

Caro (a) educador (a),


A RedSOLARE Brasil - Pólo Bahia, convida para a Reunião Mensal/outubro-2011. Nesta ocasião teremos o relato “Mariscando Sonhos: uma teia tecida por pequeninas mãos". Da professora Geiza Luzia Espírito Santo, do CMEI Cid Passos- Salvador-BA. Contaremos também com a presença da professora Ana Teresa Gavião, amiga da RedSOLARE Brasil e consultora das creches Municipais de Jundiaí-SP.

sua inscrição enviando seu nome por email.


Conto com sua presença!!

Atenciosamente,

Sirleide Cândida

RedSolare Brasil

Secretária.

+55 (71)9125-6040

+55 (71)3356-0037

www.redsolarebrasil.com.br

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Educação e as estratégias competentes


Reggio Children International Network de 2011
Alba Bezerra*[1]

O que é educação competente?
O convívio em si,  durante uma semana intensa com colegas de diferentes países ali representados, na Reggio Children Internacional Network, foi uma estratégia de educação competente. Competente porque somamos as nossas diferenças e agregamos valor nas relações estabelecidas, na aprendizagem coletiva e na consciência do papel e implicação de cada um com a cultura da infância e a imagem de criança que colaboramos para construir.
Falar de criança é ter como premissa a transformação social e cultural, pois a educação é uma responsabilidade da sociedade civil, da comunidade. Essa é uma capacidade de construir o futuro agindo no presente. Um presente que nos desafia, mas que também nos impulsiona a seguir sempre com esperança e fé nos homens, convictos de que “nós podemos muito, nós podemos mais”, como já nos dizia Gonzaguinha!
Malaguzzi nos deixou esse legado e inspiração: trazia a força do discurso, do diálogo e especialmente das relações compartilhadas para que possamos aprender a fazer com o outro em uma atitude de generosidade e de respeito a diferentes olhares, mas sem perder de vista a noção de coletivo. Por essa razão, outra estratégia competente para educação é escutar cotidianamente a família e a comunidade. O que o outro pensa, diz, faz... é uma espécie de “eco” que deve ser ouvido e interpretado. É sempre uma possibilidade de olhar a realidade sob outra perspectiva e reagir, fazer. Loris foi um “mestre” da ação, da coerência entre o que se diz e o que se faz. Por essa razão, a prática educativa das escolas de atendimento à infância em Reggio tem chamado cada vez mais a atenção do mundo.
Essa é a perspectiva que supõem o binômio da qualidade e da quantidade do atendimento à infância. Quanto mais pessoas discutem educação tratando-a como um bem de todos, melhor será a sua qualidade.
No entanto, o que se compreende por qualidade dentro desta lógica?
O princípio da qualidade passa primeiro pela imagem da criança e do ser humano.
Criança vista como um sujeito de direitos: a qualidade de vida, a felicidade, a subjetividade, a ter tempo... a ser criança!
É preciso ser solidário com o processo de consciência da criança, contribuindo com um espaço que alimente a sua curiosidade para que possam agir, explorar, estabelecer relações. Por isso, há uma preocupação com a apresentação de materiais inteligentes.
          Harold Gothson, representante do Reggio Emilia Instituto, na Suécia.
Sim, os materiais inteligentes! Esses são outra rica estratégia competente de educação. Pensar no ambiente esteticamente organizado e na oferta de materiais naturais e reutilizáveis, além de ser uma preocupação com a sustentabilidade e com o meio ambiente, é uma forma de dar espaço para a escuta dos desejos e interesses das crianças. É uma maneira de dar visibilidade ao potencial criativo e a inteligência dos meninos e das meninas para que avancem sempre mais e desenvolvam progressivamente um pensamento complexo.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           


Túlia Gomes, representante da RedSOLARE Colombia e
 Ricardo, representante da RedSOLARE México.
Patrícia Ramirez, representante da RedSOLARE Guatemala.



Nesse contexto, o sentimento de solidariedade é um sentimento comum. A aprendizagem em cooperação parte deste princípio. Assim sendo, a escola é um grande laboratório de participação política e social. Da mesma forma, qualquer projeto político deve considerar a dimensão educativa.
Durante o encontro mundial, embrenhados com essas ideias, tivemos a oportunidade de escutar uns aos outros sobre as ações que estamos desenvolvendo em nossos países para difusão e valorização da cultura da infância e do potencial criativo das crianças. Cada um com a sua força e capacidade de realização, colocou experiências em diálogo, dentro dos seus respectivos contextos e fez valer a articulação de cada rede que faz parte da Network da Reggio Children Internacional.
A RedSOLARE Brasil trouxe o cenário do nosso povo e da educação para a primeira infância no nosso país, reafirmou a defesa e a crença entre o diálogo entre o público e o privado em espaços democráticos com os nossos encontros mensais e aberto aos interessados (professores, coordenadores, gestores, psicólogos, familiares, estudantes pesquisadores... e interessados pela infância), os seminários internacionais para difusão da prática educativa da Reggio Emilia, enquanto espaços de escuta coletiva e retroalimentação, as redes sociais como um ambiente de comunicação das ações e de troca, além de compartilhar a nossa alegria de ter mais um livro de Carlina Rinaldi, “Em diálogo com Reggio Emilia”, publicado em português pela Editora Paz e Terra, com lançamento previsto para março do próximo ano.
Tivemos a oportunidade ainda de ouvir neste Network sobre a abordagem da Reggio na dimensão internacional e multicultural e os princípios que fazem a possibilidade de um diálogo frutífero em nível local, nacional e internacional, além de testemunhar o nascimento da Fundação Internacional Loris Malaguzzi, uma fundação sem fins lucrativos baseada em uma educação de qualidade como oportunidade social de desenvolvimento e promoção dos direitos e potencial das pessoas no mundo.
No discurso de fundação, o Prefeito de Reggio Emilia, Graziano Delrio, reafirmou que  a teoria das inteligências múltiplas, a interdisciplinaridade, a abertura para outras culturas, a atenção as CEM linguagens são a chave para o futuro.
Ter vivido essas experiências, reafirmou a importância de testemunhar  e de colocar-se disponível à vida e a seus chamamentos, conforme defendia o nosso querido Paulo Freire, como sendo uma das exigências crítico-educativa. Não se transforma a realidade sem se colocar como parte dela de forma corajosa, provocativa, criativa... E  esperançosa, SEMPRE!

[1] Consultora associada da ESSE Consultoria, representante do Pólo Bahia da RedSOLARE Brasil, Coordenadora de Educação Infantil da Escola Colmeia, SECULT/BA.


                                                          




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Reggio Emilia 2012



A RedSOLARE Brasil informa que já tem as datas para realização do Grupo de Estudos para Reggio Emilia 2012. Acontecerá no período de 13/05 a 19/05 e esperamos levar um grupo de educadores brasileiros, entusiasmado para dialogar sobre a infância e aprofundar os valores das escolas municipais de Reggio Emilia.
Em breve enviaremos o material de divulgação com maiores detalhes.
Programem-se!


Maiores informações:
71 33560037
redesolarebrasil@gmail.com

 

O Ministério Público do Estado da Bahia, através do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Infância e da Juventude - CAOPJIJ,  com o apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional – CEAF, promoverá o SEMINÁRIO 1ª INFÂNCIA. PROTEÇÃO INTEGRAL. EDUCAR SEM CASTIGOS FÍSICOS, em comemoração à Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância, instituída pela Lei Federal 11.523/2007.

 O Seminário tem por objetivo refletir sobre a importância da 1ª infância para o desenvolvimento e a formação da criança, difundir a cultura da infância e sensibilizar profissionais da área jurídica e da sociedade civil para questões e temas relevantes nessa fase da vida, tais como, saúde, educação, castigos físicos, trabalho infantil, crimes praticados na rede mundial, dentre outros.
 O evento acontecerá nos dias 17 e 18 de outubro de 2011, das 8h às 18h, no Auditório Afonso Garcia Tinoco, sede do Ministério Público no CAB, localizado na 5ª Avenida, n° 750, Centro Administrativo da Bahia e reunirá membros do Ministério Público, convidados de instituições parceiras, profissionais interessados no tema e servidores que atuam na área da infância e juventude.
 Informamos que as inscrições devem ser feitas através do site www.mp.ba.gov.br até o dia 13 de outubro de 2011 ou até atingir a capacidade máxima do auditório.

Atenciosamente,
 Márcia Guedes                                                        José Renato Oliva de Mattos
Coordenadora do CAOPJIJ                                     Coordenador do CEAF










terça-feira, 27 de setembro de 2011


“Encontro com Reggio”

Somos também como Reggio Emilia
* Maria Cristina Viganó da Silva Santos
Educadores do Brasil e da Itália reuniram-se em nossa escola, no início de agosto, para fazer o que mais gostam e o que mais sabem fazer, que é pensar e refletir sobre a criança e os processos de ensino e aprendizagem.
Estiveram conosco profissionais de algumas das mais importantes instituições de ensino da capital, participando do que chamamos de “Encontro com Reggio”, idealizado pelo Centro de Estudos Madalena Freire, ligado à nossa Escola, com apoio da RedSolare.
 No centro dos quatro encontros realizados na Unidade Espaço VivaVida, estiveram Deanna Magini, pedagogista, e Lanfranco Bassi, atelierista, ambos de Reggio Emilia, e educadoras importantes, como Cleide Terzi e Madalena Freire, que dá nome ao nosso Centro de Estudos.
Idealizado desde o início para ser aberto a outras instituições de ensino do país, o encontro de agosto foi precedido de uma visita nossa, em fevereiro deste ano, a Reggio Emilia para conhecer de perto aquela notável experiência. Participaram dessa visita técnica algumas de nossas diretoras e a assessora Maria Cristina Viganó, que constrói conosco o novo projeto pedagógico.
Mais de 10 conceituadas escolas da capital enviaram representantes para as reuniões – o que muito nos honrou. Afinal, compartilhar experiências consagradas e bem sucedidas na área pedagógica é algo que representa para nós um valor permanente. Só assim é possível disseminar as boas práticas pedagógicas para toda a comunidade.
Importância de Reggio Emilia
Reggio Emilia, que é capital de uma província situada na região norte da Itália, tem fama mundial pela excepcional qualidade de suas escolas de educação infantil. Consagrada por educadores e pela mídia internacional, a experiência de Reggio Emilia vem se espalhando por outras regiões. Na Itália são 13 creches e 21 escolas que compartilham do mesmo projeto, cuja essência é seguida hoje por instituições de diversos países.
Há vínculos sólidos a unir o nosso Projeto Político Pedagógico à experiência de Reggio Emilia. Não só pelas referências conceituais a Piaget, Vygotsky e a outros estudiosos que serviram de solo fértil para a nossa reflexão e a nossa prática.
Assim como os educadores de Reggio, enxergamos a criança como um ser potente, capaz de aprender muitas coisas, de maneiras diversas, através de diferentes linguagens. Compartilhamos com eles o entendimento quanto à especial importância da arte na formação das crianças e educadores. E juntos compreendemos que a educação e o cuidado com a infância são fundamentais para que tenhamos uma sociedade melhor, um mundo melhor.
É esta escola que sempre fomos – aberta e reflexiva, capaz de unir teoria e prática, disposta a inovar e a valorizar as referências histórias. É esta escola que levaremos à frente agora, em 2012 e nos anos futuros. É esta escola que agora compartilha com você a alegria deste “Encontro com Reggio”.
* Maria Cristina Viganó da Silva Santos
Direção
Escola Espaço Vivavida

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Encontro mensal de agosto: "Documentação: um diálogo em construção permanente"

*Iracema Moura da Silva

Há sempre surpresa em cada encontro, ela deixa uma marca que transforma a relação que perfaz o verdadeiro diálogo, não em termos experimentado algo de novo, mas em termos encontrado no outro algo que ainda não havíamos encontrado em nossa própria experiência de mundo. Diálogo, encontro pontuado pela dinâmica da alteridade, do intercâmbio e reciprocidade numa dimensão incondicional.
A documentação como um diálogo em construção permanente exibe a esplendorosa relação construída com o mundo traduzida numa estratégia ética, política e estética. Faz-nos conhecer pensamentos das crianças e do que elas são capazes de fazer independente da ação do adulto.
Essa é a escuta do pegar com os olhos, do sentir com os ouvidos, do olhar com as mãos, dos diferentes sentidos.
A Documentação ideal comunica o que se quer entender, revela a concepção de infância, mundo e sociedade.
Numa tempestade de idéias refletimos de que forma as nossas escolas manifestam-se como espaço de produção de cultura e produção de conhecimento.
E numa imensa vontade de crescer vamos caminhando, fomentando questões para as observações e fortalecendo os nossos encontros.
*Iracema Moura da Silva
Diretora do CMEI Almir Oliveira

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


“Uma documentação é a possibilidade de contar a infância de outra maneira.”

Loris Malaguzzi

*Alba Bezerra

Narrar a infância sob o olhar da criança e dar visibilidade a sua forma muito própria de sentir, ver, ouvir,  agir, estabelecer relações, imaginar e descobrir o mundo... Surpreender sempre! Esta é a proposta da nossa MOSTRA.

Organizada com a exposição de painéis de documentações educativas, esta MOSTRA é uma forma de demonstrar o quanto as crianças são competentes e produtoras de cultura, revelando o seu pensamento e potencial criativo através da expressão de suas múltiplas linguagens.
Aprender a olhar o olhar da criança, sem direcioná-lo, sem antecipá-lo, em uma atitude de escuta atenta e respeitosa ao tempo delas, tentando compreender quais são as questões que as mobilizam para alimentá-las e retroalimentá-las, em um exercício constante de metacognição. Esta é uma construção que muitos de nós, educadores, buscamos fazer através da observação e compreensão da cultura da infância e da documentação.
A RedSOLARE Brasil, reconhece e afirma que o uso da linguagem visual é uma estratégia para fortalecer a cultura e a sensibilidade estética dos educadores, já que, para comunicar de modo significativo, as imagens requerem, sobretudo, um olhar sensível às situações, capaz de captar a essência dos acontecimentos para que possam ser narrados com toda beleza da infância, pois como diz Gregory Bateson: “O estético é uma estrutura que comunica.”
Esta MOSTRA DE DOCUMENTAÇÕES, produzida por instituições públicas e privadas, de distintos contextos educativos, é um convite para que cada educador transforme a realidade e dê cada vez mais visibilidade à cultura da infância.

*Alba Bezerra
Curadoria/RedSOLARE Brasil
Representante do Polo Bahia-RedSOLARE Brasil
Emy Denis
Designer Gráfico / RedSOLARE México

 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

RedSOLARE Brasil- Reunião Mensal/ agosto 2011



Caro (a) educador (a),
A RedSOLARE Brasil - Pólo Bahia, convida para a Reunião Mensal/agosto-2011. Nesta ocasião dialogaremos sobre " Documentação:um diálogo em construção permanente". Contaremos com a presença de Marilia Dourado, Representante Nacional da RedSOLARE Brasil.

Faça  sua inscrição enviando seu nome por email.

Conto com sua presença!!
Atenciosamente,

Sirleide Cândida
RedSolare Brasil
Secretária.
+55 (71)9125-6040
+55 (71)3356-0037
http://www.redsolarebrasil.com.br/





quinta-feira, 18 de agosto de 2011

*Débora Santos
Minha participação no Seminário sobre a Documentação na Educação Infantil à luz da abordagem Reggio Emilia despertou grande satisfação pessoal e profissional. Minhas concepções de autonomia relativas à infância, a utilização e organização dos espaços e, sobretudo essa concepção de estabelecimento de diálogo entre a arquitetura e a pedagogia, aspecto que encontra grande resistência em nossa cultura, manifestaram emoções prazerosas em mim. Como coordenadora de formação, tenho a responsabilidade de apresentar tal abordagem, mesmo que esta não seja totalmente aplicável em nossa realidade educacional. Entretanto, o respeito, a confiança, o exercício da pedagogia da escuta não necessitam de investimento financeiro, como muitos poderiam amparar suas defesas ao resistirem em aplicar práticas inovadoras. Nesse viés, as palestras permitiram uma visão periférica sobre as concepções reggianas, mas que ainda precisam ser acomodadas mentalmente. Portanto, meu desafio agora é conhecer in loco tais ações, conferindo e, certamente, encantando-me ainda mais com tal abordagem. Minha intenção, é despertar nos professores, o desejo de sempre, sem exceção, FAZER A CRIANÇA FELIZ!
Agradeço a equipe organizadora deste Seminário, que oportunizou a vinda dos representantes da educação em Reggio Emilia, Deanna Margini e Lanfranco Bassi.
Grande abraço



 *Débora Santos

*Coordenadora do Programa de Formação para Educação Infantil – Caraguatatub


quinta-feira, 21 de julho de 2011


*Patricia de Ramírez

Cuando di los primeros pasos en la filosofía Educativa de Reggio Emilia Italia tuve un encuentro con personas cálidas, llenas de entusiasmo y principalmente convencidas que podían transformar la educación de la primera infancia en cada uno de sus países, algo que hizo sentirme identificada con su visión transformadora.
 A medida que he profundizado y reflexionado cada uno de los principios fundamentales sobre la propuesta educativa de los jardines Municipales de Reggio Emilia, Italia he llegado a confrontarme día a día sobre la labor tan importante que lleva uno de maestro en reafirmar la imagen, potencial e identidad de cada uno de los niños y niñas que pasan por los salones, es más allá de una hoja y un lápiz, más allá de actividades son vivencias y experiencias que hacen que el día a día se convierta en una práctica de valores que se habían perdido como: el escuchar, observar, co-construir, aprender de los niños y niñas, dialogo con los padres e involucrar a toda la comunidad que formamos un equipo muy importante semejante a un banco de tres patas si uno de ellos pierde el equilibrio la estabilidad y la armonía se pierde.

Junto a las maestras y padres queremos co-construir una escuela diferente como hace años en Reggio Emilia Italia sus habitantes levantaron algo que ha sido de admiración para nosotros y sus frutos son dignos de admirar, en una de las asambleas de padres de familia uno de ellos me dijo: “Paty ellos levantaron una escuela después de una guerra mundial que los dejo devastados; nosotros levantaremos una escuela diferente en plena guerra civil”. La situación actual en nuestro país Guatemala es difícil es por eso que como ciudadanos tenemos una responsabilidad que nos motiva, se puede soñar y los sueños se convierten en realidad de tanto creer, luchar por lo que soñamos es lo que nos abre camino para poder dejarles a los niños y niñas ser niños y que sean parte de una sociedad que los han excluido en sus derechos.

Cada encuentro que podemos tener con profesionales de nuestro país, colegas de Red Solare y Reggio Children me han permitido saber que no estoy sola en esta tarea que está llena de desafíos y retos y que puede ser transformadora y cálida.
Por eso cada día tenemos una razón más para llegar a nuestros salones con los niños y niñas co-construir junto con ellos una sociedad y una cultura que se enfoque en sus derechos con ciudadanos del presente.



*Patricia de Ramírez
*Representante da RedSOLARE Guatemala

quinta-feira, 14 de julho de 2011

La Documentación Pedagógica uno de los Elementos Innovadores de la Pedagogía Reggiana

*Wara González

Parte I

La originalidad de la pedagogía Reggiana es ampliamente reconocida. El importante psicólogo y educador estadounidense Howard Gardner dice:
“Como persona que ha tenido la oportunidad de visitar escuelas en todas partes del mundo, puedo decir los preescolares de Reggio Emilia son los más impresionantes que he visto” (Gandini, et.al, 1998, p.35).
Efectivamente la experiencia Reggiana introduce aspectos innovadores en el ámbito de la educación temprana que hoy son un modelo pedagógico para todas las escuelas de educación infantil en el mundo.
Qué es la documentación pedagógica
Documentar es un término que se refiere al proceso de recopilación de evidencias dentro de diferentes ámbitos científicos e investigativos. Es probar cosas con documentos. (Rae, 2010).
La documentación no es un proceso nuevo en el ámbito de la investigación educativa, sin embargo lo que hoy conocemos como documentación pedagógica se refiere a un proceso que si bien guarda ciertas semejanzas, pues recopila, recolecta, procesa la información e integra, se diferencia en el sentido de que la documentación pedagógica es un proceso llevado a cabo por los docentes en las aulas, todos los días y sirve como base de reflexión sobre la práctica docente y los procesos de enseñanza- aprendizaje tanto grupales como individuales.
Estas documentaciones pedagógicas pueden ocurrir diariamente y no son llevadas a cabo por investigadores profesionales sino por maestros, pedagogos que ahora suman también a sus tareas diarias la tarea de documentar, analizar y presentar documentaciones pedagógicas, con diversos fines: todos ellos destinados a optimizar el proceso enseñanza -aprendizaje.
Lo que hoy entendemos por documentación pedagógica lo debemos en buena parte a nuestros colegas de Reggio Emilia, Italia que iniciaron a mediados del siglo pasado (décadas de 1960 y 1970) un proceso innovador y de transformación pedagógica que les llevaría a incorporar la documentación, el análisis de las mismas y la presentación de estas a un nivel y forma totalmente novedosos en este campo.
En este artículo revisaremos distintas concepciones del término documentación pedagógica para poder comprender lo abarcador del concepto y sus diferentes matices.
Si atendemos a la definición más concreta del término tenemos que la documentación como objeto físico es todo aquel material que recoge lo que los niños y niñas están haciendo y diciendo en un momento dado. Son las notas escritas a mano o de manera digital de lo que se dijo o de lo que sucedió, son las fotografías, las grabaciones de audio o video o simplemente el trabajo mismo realizado por los niños.
En otro aspecto, la documentación vista como proceso es una herramienta que se utiliza para la recopilación de evidencias de los procesos de enseñanza – aprendizaje que nos conducen a conocer mejor a los niños y niñas, sus intereses, necesidades y niveles y que permite tanto a niños como adultos analizar, reflexionar y evaluar su trabajo e ideas previas. (Fraser, 2006, pp.142-143)
La documentación pedagógica puede ser creada por maestros y niños o ambos protagonistas de manera colaborativa y con frecuencia tiene una cualidad narrativa (Project Zero, 2003, p.18). Es la historia de una experiencia individual o grupal. Puede incluir imágenes o no, puede tener un producto final o no. A diferencia de una concepción más tradicional no sólo se documentan proyectos, sino que se pueden documentar momentos específicos, encuentros, experiencias o situaciones que son significativas para uno o varios de los individuos de la comunidad educativa. Sin embargo, este tipo de documentación siempre se presta a reflexión y al diálogo.
Cinco Características de la Documentación
Las documentaciones pedagógicas según la concepción Reggianna tienen 5 características fundamentales según el el libro “Making Teaching Visible” (Project Zero, RE, 2003, p.13.)
• La documentación envuelve una pregunta específica que guía el proceso.
• Documentar envuelve tareas de manera colectiva: Analizar, interpretar, y evaluar observaciones grupales o individuales; se fortalece con múltiples perspectivas de los diferentes protagonistas como de los colegas.
• Documentar hace uso de múltiples lenguajes (diferentes maneras de representar expresar el pensamiento a través de diversos medios y sistemas simbólicos).
• La documentación hace el aprendizaje visible; no es privado. El documentar se hace público cuando es compartido con los aprendices, ya sean estos niños, padres, o maestros.
• La documentación no sólo es retrospectiva, es también prospectiva. Ella da forma al diseño de los futuros contextos de aprendizaje
Documentar permite que el aprendizaje sea visible y puede dar forma al aprendizaje.
“Los niños tienten la oportunidad de revisitar su trabajo y sus ideas, crecer con ellas y prepararlas, para escuchar lo que los demás piensan, para profundizar y extender su propio aprendizaje”. ( Krechevsky, 2001, citada en Potier, 2001)
Carlina Rinaldi, asesora pedagógica de Reggio Children y directora pedagógica de las escuelas municipales de Reggio Emilia, sostiene que la documentación es el proceso de recolección de evidencias y artefactos que plantean lo que ocurre en el aula. Es la evidencia física y la representación de éstos de una forma que hace que el aprendizaje de los niños y niñas sea visible para ellos, para los maestros, para otros adultos incluyendo la familia y visitantes.
Al hacer el aprendizaje visible para los niños y niñas, estos toman conciencia de cómo aprenden, qué estrategias y métodos le resultaron efectivos para lograr un conocimiento específico; no sólo los propios sino también las estrategias y métodos que fueron exitosos para otros. De esta manera el aprendizaje individual favorece el aprendizaje colectivo y se fortalece una comunidad de aprendices donde se valoran las experiencias de cada uno de los integrantes.
El hacer el aprendizaje visible a los maestros, permite a los educadores aprender a enseñar. Pues les permite tener un conocimiento más profundo de quienes son los pequeños aprendices a su cargo: sus fortalezas así como sus debilidades. Permite una luz a la mirada única que tiene cada niño de la realidad y profundizar en el entendimiento de cómo aborda las diversas situaciones problemáticas que se le presenta (Rinaldi, 2006, p.16).
El hacer la documentación visible a los padres y familiares permite que estos valoricen y comprendan las experiencias de los niños.
La documentación pedagógica es un instrumento muy valioso para todo educador y para todo proceso de enseñanza – aprendizaje en nuestra próxima entrega exploraremos: La documentación como herramienta de evaluación y como herramienta para la reflexión.

*Wara González
*Red Solare República Dominicana